quarta-feira, 27 de abril de 2011

Eu não sou bunda mole! Tá com inveja? Vê se me erra!!!


POR QUE NÃO SER BUNDÃO?

"A vida é como uma peça de teatro: não importa a duração, mas sim a performance."
(Sêneca)

Quantas vezes insisto que temos que viver, ser ousados, intensos, blá blá blá! Tuuudo bem. Não quero ser repetitiva. É que têm dias que esta sensação, essa emoção é tão latente dentro de mim que parece até que se eu não falar vou explodir!

Cheguei essa semana de uma aventura. Fiz uma viagem sozinha, meio de "se jogamento", no melhor estilo "seja o que Deus quiser!"... Mas dada a nossa camaradagem - minha com Abba, claro! hahahahaha - eu já sabia, de antemão, que ia ficar tudo bem e que eu ia AMAAAAR!!! :)

Sabem o facebook? Aquele "trem" de rede social? É minha primeira experiência com rede social. Nunca tive orkut, nada disso... nem tenho paciência pro MSN. Acho que depois do mIRC, daquela moda do "de onde teclas?" hahahahahaha (quem lembra disso?) peguei abuso. Enfim, mas o face é legalzinho. Como moro longe da família e de muitos amigos de infância... e como 90% da população mundial é face-viciada... tipo... as vezes as pessoas deixam de mandar sms no celular pra mandar "in box" no face... acaba que se eu não tivesse ficava sem notícia do povo! E também  diminui a "sozinhice", sabem? Facilita participar da vida dos outros, saber o que tem de bom! Ninguém se sente na obrigação hoje  em dia de ficar ligando, insistindo! A pessoa lhe manda um "in box" ou deixa um recado no face e pronto! Teje avisado! :P

Mas sabem o que é uma pena?


Inveja não mata. Inveja não mata MATANDO mesmo. Não mata homicidamente/suicidamente! Mata de raiva, de gastrite... mas não mata de morte morrida. Não dá um infarto fulminante, uma coisa drástica,  trágica e eficientemente rápida. QUE PENA!

Já desfiz meu face duas vezes por "problemas decorrentes de inveja alheia". Nem me incomoda sempre. As vezes só dá pena, ou tristeza... ou fico até indiferente. Mas o "quê" da questão é que o fusuê nem sempre pára na gente, né? Quando chega na minha mãe, nos amigos queridos.... Aí complica! Não é mais só "eu" que tô sendo atingida, mesmo que seja "eu" o alvo.

Vocês não vão acreditar, mas tem gente que me diz que não lê meu blog porque não entende nada que eu falo! hahahahahaha ÓTIMO! Sabem o que eu penso disso? UFAAAAA! Normalmente são exatamente as pessoas para as quais eu não perderia meu tempo escrevendo. Faria um blog "travado". Pronto. Mas manter pessoas assim longe é bem mais fácil, ou menos difícil, do que manter os sentimentos delas longe. Aí o bicho pega. Repito: pena.. peninha... peníssima que inveja não mata de morte morrida, matada e fulminante. Que pena!

Essas pessoas têm facebook. Pois é.



Bom. Inveja à parte. Vivamos a nossa vida. Quem quiser que se contorça, que adquira uma cirrose e morra! Nem que seja lentamente. Agoooora, que é complicado é! Nos isolamos para nos resguardar e aos nossos? Ou tocamos o "f#d...-se" e deixamos tudo como está? Evitamos as más energias ficando entocados, nas sombras? Ou agimos como "todo mundo" age, afinal, não é por causa de mandinga de um ou de outro que vamos nos tolher? Sabem? É difícil decidir essas coisas. Minha mãe sempre fala que "dá um boi pra não entrar numa briga e uma boiada pra não sair". Ok. A questão é: quando entrar na briga? As vezes simplesmente não vale a pena...Um boi é muita coisa anyway!

Essa é uma decisão que tem que ser tomada no caso a caso, e que as vezes não conseguimos estar com a cabeça no lugar (que dirá fria) quando precisamos. Enfim! Independente da postura adotada, uma coisa é certa: nada pode nos fazer mal sem o nosso consentimento. Nada. Novamente o problema: não posso interferir no "consentimento" das pessoas que gostam de mim e que se sentem mal pela inveja alheia - que tomam as MINHAS dores. Talvez, por eles, não por mim, possa aquietar o faixo e evitar confusão. Mas também as vezes, justamente por eles, penso: "Não! Não dá pra todo mundo se sujeitar e viver refém de uma situação injusta. Afeeeeeee! Ser gente tem que ser difícil full time??? Pouxa, Abba... eu sei que é tudo pro bem da humanidade e felicidade geral da nação, mas tem gente que não merece! Não merece a dor que causa."


O único conselho é: resistindo ou não (à tentação de dar um soco na cara de uns e outros, dizer umas boas verdades pra A e B...), não entre na sintonia "deles". Nessa vybe ruim. Porque isso não seria resistir, seria se igualar. O que faz de nós pessoas melhores é que temos a capacidade de permanecermos superiores quando outros tem gastrites de inveja e rancor.

A despeito da inveja e da maldade que existe no mundo, EU NÃO SOU BUNDA MOLE! Sigo no meu caminho, na minha trilha, em direção ao futuro que procuro para mim e que sei que sou eu quem tenho que construir.

Em 5 ou 10 anos, sabe-se lá como estarão Fulano ou Siclano! Mas eu sei de mim e que estou construindo hoje a Eduarda de amanhã. Deixar que interferissem nisso é que seria ruim. Me incomodar com a inveja de vez em quando é normal. É humano.

Não temos sangue de barata e a injustiça, a maldade e a inveja nos incomodam mesmo...

"O homem que é incapaz de demonstrar raiva é incapaz de demonstrar bondade."
(Henry Ward Beecher)

Se perdêssemos a capacidade de nos incomodar perante o que está errado, aí sim seria preocupante. É porque teríamos interiorizado em nós aquele mal. É isso o que nos distancia das pessoas que nos invejam: a capacidade que temos de não interiorizar o mal.

Quanto mais se esforçam para que nos igualemos a elas, mas se distanciam de nós porque se tornam ainda mais medíocres, ao passo que nós estamos exercitando nossa "superioridade"  e estamos nos tornando profissionais nisso - em ser superiores do ponto de vista moral... em não nos deixar contaminar. Em sermos humanos, e não apenas pessoas.

Você não é bunda mole porque não pagou na mesma moeda. Seria se perdesse as oportunidades de alçar vôos ainda mais altos! Ser não-bunda-mole é ter iniciativa, determinação, integridade e vontade de viver no matter what! Haja o que houver.


Sim senhores. Sabemos quem são os bundões! Identificamos, embora nem sempre imediatamente, os falsos, invejosos, os moles, os covardes, os fracos. Quando não os identificamos não é porque eles são "muito bons ou discretos no que fazem", nem porque nós somos "trouxas"... é porque queremos acreditar que há esperança para todas as pessoas e as vezes simplesmente nos negamos a enxergar, até que se torne absolutamente imprescindível que o façamos.

Não somos bobos, somos bestas.

Isso é meio que um elogio, entenderam?

Balanço a cabeça e espremo os lábios. Pronto. Respiro fundo e já estou decidida. Sabem quando o povão diz "o que vem de baixo não me atinge"? Bom... tirando se me atirarem uma pedra quando eu estiver atravessando uma ponte... é por aí! :) Tenho o campo de força protector invisíbilis ultra master plus eficientilis TABAJARA. Nem quero que a "zica" volte pra quem a atirou em mim, mas sei que em mim ela não chega! Nem a pau, Juvenal!

As suas contas, cumpade, você acerta com Abba depois... e olha: ele é meu brother e se eu fosse você não mexia comigo, hein? Fica esperto. Olha que o bicho pega pro seu lado...

É muita coisa que temos que administrar pra viver, certo? Huuuuum. Não sei. Será? Temos mesmo? Será que não é por tentar administrar tanta coisa que nos estressamos tanto? Que nos embananamos todos? Administrar outras pessoas então!? Ui! Loucura, loucura, loucuuuuura! Mas a gente tenta! A gente segue...

Se administrar (a si mesmo) é dose, administrar as pessoas importantes pra a gente... é dose dupla! Administrar o resto é improviso!

Não é pra quem quer não, hein! Sorte que não somos bundas mole!



Quem é bunda mole pede logo pra sair. Se isola, machuca todo mundo, troca os pés pelas mãos. Sabem.? Se pararmos pra pensar... dá pena de quem é bundão.

Deve ser uma meleca ser assim. Quem é bundão só faz merda. É um povo que dá pra trás, que joga baixo, que usa chantagem emocional e se aproveita dos outros, que se acomoda, que apela. Que é bunda mole sempre acha que é vítima do mundo e acaba que é vítima mesmo,  de sua própria pasmaceira! "Coitados"!

Se a vida nos dá limão, fazemos limonada (uns fazem limonada suíça!), os bunda moles tacam os limões nos outros e depois dizem que a culpa é do sistema ou do vizinho-da-prima-da-professora-do-amigo-do-colega! São uns bundões mesmo! Nem pra assumir as merdas que fazem...

Os bundões tendem a ser invejosos. Nem sempre... ainda bem. Quando junta tudo numa pessoa só (inveja e bundonice) é um problema. Sai um BBB (blaster big bundão - qualquer semelhança é mera coincidência!). Mas existem categorias de bundonisse!

As vezes aparece um bunda mole que tudo o que sabe fazer é ter pena de si mesmo. As vezes o tal do bunda mole não se acha bunda mole (pode isso? acha que é um absurdo que pensem isso dele!), se acha prudente, conformado, desprovido de sorte, sei lá! Mas quando o bunda mole é despeitado e invejoso... geeeente... é quase uma arma nuclear!

Cuidado com essas pessoas altamente explosivas! É o exemplo clássico: pra quê cuidar da minha vida e deixar de ser um maior bundão se posso usar toooodo o meu tempo para infernizar a vida de Fulano pra que ele se sinta tão miserável quanto eu?! Tchaaaaram! É doente ou não uma pessoa dessa?!

Infelizmente é aquela velha estória: têm coisas que dependem de nós. Têm coisas que não dependem. É isso! No que depende? Que sejamos tão bons quanto pudermos, que nos sucedamos o melhor possível dentro das nossas capacidades, fazendo todo o bem que podemos, evitando todo o mal ao nosso alcance... não nos deixando contaminar pelo bundonismo existente no mundo. Não! Bunda mole eu não sou, não. Tá com inveja? Problema seu! Vê se me erra.


Ela Não é Não

Chiclete Com Banana
 por Paulinho Levi e Bell Marques


Ela não é não, não é bunda mole não
Ela não é não, não é bunda mole não

Ela tá fora de forma
Ela não faz malhação
Mas bunda mole ela não é não
 Ela não é não, ela não é não
Mas bunda mole ela não é não

Não tem jeito, de todo jeito vai
Pra panela com a fome do cão
A mocinha é linda, é demais
Mas esquece que Deus só dá na mão
Ralando na beira da balança
Ela é chamada de bujão
Mas de uma coisa eu tenho certeza
Que bunda mole ela não é não
Ela não é não, ela não é não
Mas bunda mole ela não é não

Tem estrela, tem ginga e mistério
Dançando parece um furacão
Mexendo a comida é um caso sério
A doida requebra no fogão
Adora subir numa balança
E ser chamada de bujão
Mas de uma coisa eu tenho certeza
Que bunda mole ela não é não


Todo mundo tem altos e baixos. A diferença está em como reagimos diante deles. Especialmente do "altos", sabiam? É quando é mais importante que mostremos nossa "superioridade".

Ser superior é ser humilde.

Isso é uma assertiva ininteligível pra muita gente. Para os bunda moles então! Noooosssaaaaa!

Sabe aquele negócio de "quem nunca comeu melado, quando come se lambuza?" Tipo isso...

A inveja é uma coisa triste. Faz com as pessoas tenham atitudes patéticas...

Sabe uma outra coisa triste e patética ao mesmo tempo? Um bunda mole que ama um invejoso. Um bunda mole que ama um invejoso não é capaz de lhe contrariar. Faz seus gostos e se rende à sua mesquinhez e pobreza de espírito "por amor". É incapaz de ajudá-lo(la) a tornar-se uma pessoa melhor porque é muito bunda mole para contrariá-lo(la). Isso é o cúmulo do absurdo, mas é comum. Muito comum.

Um par formado por um bunda mole e um invejoso pode causar um mal enorme a uma alma humana... e pode equivaler a um tsunami de tristeza numa alma mais sensível que não esteja preparada para seu poder de destruição massiva. 

Conheço essas "casadinhas"... mulher invejosa e marido bunda mole, ou filhos invejosos e pais bundas mole ou vice e versa.

É um mal praticamente  irreparável o que fazem, antes de qualquer coisa, a si mesmos. E, inevitavelmente, irão afastar de perto de si as pessoas que lhes causam inveja e desconforto... Não podem suportar a presença constante da superioridade de caráter.

Aqueles que despertam a ira do invejoso, cedo ou tarde cansam. O bunda mole, se não for invejoso também, por mais que perceba a injustiça e a maldade nas críticas, na implicância do invejoso, não consegue contrariá-lo! Isolam-se em sua mediocridade.

Por mais que seja uma situação lamentável, no fundo eles dois se merecem. Não querem mudar. O bunda mole sabe perfeitamente o que está acontecendo e opta por permancer naquela situação. Não importa se do outro lado estão parentes seus, até filhos ou netos. Não sei se é "força" do invejoso lhe escraviza. ou se é sua "fraqueza". Permanecem numa espécie de simbiose. Como eu disse: é muito triste e é patético.



Enfim! Acredito que nada acontece por acaso nessa vida. Então, se bundões e invejosos passam pela nossa vida... paciência. Que isso nos ensine algo. Que possamos nos fortalecer a partir desses "encontros". Não sei. Alguma finalidade devem ter, ou Abba não os teria permitido.

As vezes somos nós a oportunidade para que estes patetas se modifiquem, ou se enxerguem... vai saber! As vezes estamos alimentando defeitinhos que, quando vemos ampliados em tão larga escala nesse povo ridículo, acabamos nos tocando e nos "emendando" antes que a coisa se instale. Não sei...

As vezes nossos próprios familiares são essas criaturinhas aí. Afeee... Mas se optam por permanecer neste caminho e se nossa felicidade acaba se tornando um motivo de mal estar para eles... bem, Abba nos permite escolher familiares de afinidade entre nossos amigos, permite que reconheçamos mundo afora nossos parentes de alma, de coração.


O sangue não deve ser desconsiderado levianamente, mas também não pode ser usado como justificativa para que suportemos o insuportável. Deus é bondade e justiça. As vezes o fato de termos nascido ligados a pessoas que não desejam sinceramente nosso bem é uma oportunidade dada por Abba ao implicante de que essa "inveja" seja superada. Se não é por falta de vontade e disposição do outro, fizemos nossa parte em "ao menos tentar".

Ora, se no direito brasileiro, feito pelo homem, não existe a pena perpétua, porque existiria no divino? Não! Ninguém precisa sofrer para sempre a dor da inveja, da maldade, da rejeição, da mentira. Os laços de família são laços predominantemente de AMOR, não de DNA.

O li num livro espiritualista que somos todos igualmente suscetíveis à dor para que não façamos o mal um ao outro alegando o desconhecimento de seus efeitos. Isso é uma demonstração de amor e respeito de nosso Papi para conosco. Só quem é muito valente, nem um pouco bunda mole, toparia dar uma chance ao invejoso de aprender a amá-lo.

Mas uma coisa é não ser bunda mole, outra coisa é ser trouxa. Não quer melhorar, meu chapa? Beleza! Problema seu! Vê se me erra! Tem gente que não quer uma chance, quer um saco de pancada! Pra esse povo eu digo uma coisa: eu não sou bunda mole! Vai procurar sua turma!



Não... viver não é piece of cake. É cheio de pegadinha! Mas a gente, que não é bunda mole, desenrola... :)

O que importa é traçar uma meta, saber o que você espera pra sua vida e fazer a sua parte da melhor forma possível para que isso se torne real. O resto é com Abba, que veste as flores, alimenta os pássaros e cuida de todas e de cada uma de suas "crias". Aliás, muito boa a frase de G. Guerrasio que diz que "Deus, como uma vírgula, pode tudo mudar."

Sei que não é fácil (se sei!!!), mas não nos deixemos atingir pelo mal que nos direcionam essas pessoas que têm a alma pequena. Eleonor Roosevelt disse: "Ninguém pode lhe fazer sentir inferior sem o seu consentimento". Garotinha essshperta, né? Mas tá certa! Certíssima. Não é a primeira vez que digo isso aqui...



Bom, é isso!

A gente faz tudo certinho, se esforça, tenta não fazer mal a ninguém, ser gente decente. E aparecem esses Zé Ruelas e Maria Querosenes querendo estragar o dia, a semana, o mês, o ano, a década... E aí ficamos muito P´s, né? Puuutz! Que saco! Vão se preocupar com a vida de vocês!

Aí aparecem esses Joões Bundões e Marias Pregas Glúteas querendo disseminar a infelicidade e a mediocridade deles como se fossem armas biológicas! Aaaah neeeeem!!! A gente perde a paciência as vezes. Normal, né? Mas aí respiramos fundo e elevamos nossas vibrações. Nos isolamos da influência e da presença dessas pessoas e tocamos em frente.

Cedo ou tarde, por mais que até cheguemos a nos envolver, eventualmente, percebemos que não podemos ajudar quem não quer ser ajudado. Temos que engolir a seco a regra nº 01 (a básica!) do convívio em sociedade: ninguém muda ninguém. E isso é bom! Porque eles também  não podem nos mudar. Apenas nós podemos mudar quem somos. Isso é um fato. Contra fato não há argumentos. Não podem nos tornar miseráveis ou infelizes, medíocres ou inseguros a não ser que nós permitamos. E nós - que NÃO somos bundões - não iremos permitir jamaaaaaaais!  Olhem olhem olheeem! ;)

Eu considero um "pecado", um absurdo não se viver, não se fazer, não se tentar por medo. "Aaahhh, mas eu não sei..." ou "Eu acho que não consigo!" Pouxa! Se vira!!! Não vai nem tentar?! Improvisa! Sei lá! Dá seus pulos! Pipoca, que é pipoca, não tem perna e pula! Sabem? Muita bundonice isso! Vai ser bunda mole assim looooonge! Oxe!!! Se fosse assim a gente nem nascia! Não aprendemos a comer, andar, falar, tudo? A gente nem "respira" no útero... quer dizer, não com o pulmão. Imaginem: "Aaah.. não posso nascer... e se eu não souber usar meu pulmão!?" Tenha santa paciência, né? Definitivamente, bunda mole eu não sou, não...

"A vida é como tocar violino em público e aprender o instrumento enquanto se segue."
Samuel Butler

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Nas encruzilhadas mais importantes da vida, não há placa de sinalização.



"At the most important crossroads of life, there's no signposts."
Ernest Hemingway


Não. Nada feito. Na hora do vamos ver, do "pega pra capá", é respirar fundo e, "com peito de remador", no melhor estilo Vinícius de Moraes, caminhar a passos largos pelo caminho escolhido - e (conselho?) é melhor que esta escolha seja sua.

A respeito da escolha?

Vai de intuição, coração, razão, pressão, emoção, indiferença, liderança, esperança, desespero, dor, pressa, pressentimento... Somos "guiados" (o que não é sinônimo, NECESSARIAMENTE, de orientados), quer isto nos agrade, quer não. Mas somos nós (guiados ou orientados) quem estamos à frente das opções que fazemos. Fato!

É possível vivermos vidas espetaculares. Sem dúvidas!

Não estou bem certa, contudo, se é possível vivermos exatamente a vida que desejamos - seja ela menos ou mais espetacular do que a que, no fim das contas, experienciaremos.

É o seguinte: "foi, não foi", volto aqui a bater na mesma tecla que é o fato de que vivemos a vida e não os planos que fazemos para ela. Poucas coisas se provaram tão verdadeiras para mim como esta assertiva.

Pois muito bem. Partindo desta premissa, vamos vivendo, escolhendo, experimentando e obtendo resultados. Ok! Algumas das coisas que conquistamos acabam por coincidir com aquilo que desejamos, mas, via de regra, tenho razões para acreditar que a maior parte do que constitui nosso "momento", quer dizer, o "presente" em cada época, o AGORA, são consequências que se relacionam intimamente ao que escolhemos (ou que deixamos que nos guiasse em nossas encruzilhadas)  mas não exatamente equivalem àquilo que desejamos propriamente falando.

Quer dizer, normalmente as coisas não saem exatamente conforme o planejado, mas 1) tanto faz, porque dá na mesma, 2) tanto faz, porque saem até melhores!, ou 3) puuutz! dá "merda".

O que estou tentando colocar, meu ponto, é que podemos ter uma vida fantástica, melhor, inclusive, do que aquela que "planejamos" em nossos mais alucinantes delírios, mas não porque programamos para que as coisas acontececem desta forma. Apenas fizemos o melhor que poderíamos, tentamos acertar nas nossas escolhas, fomos pessoas tão boas quanto poderíamos ter sido, e a consequência disso é que conquistamos a vida que merecíamos. Simples assim. Lei da ação e reação.

Normalmente não somos tão ousados em nossos "planejamentos" (sim, porque continuamos insistindo em planejar a vida a despeito de sabermos da inexorável perda de tempo que isto significa - e não estou dizendo que não se pode ter projetos ou planejar ações, só que não se pode planejar a VIDA como se ela própria fosse um projeto... não somos tão bons estrategistas ASSIM e aí  nos sujeitamos ao que no Direito é chamado "teoria da Imprevisão"! Resumindo: podemos até conseguir planejar pedacinhos, mas nunca pedações, e NEM PENSAR de planejar tudo...) e nos comportando razoavelmente bem, nos esforçando suficientemente, nos abstendo de sermos medíocres e desleais ao próximo, muito provavelmente teremos uma vida tão boa quanto poderíamos desejar, entendem? A diferença entre ter uma vida espetacular e uma vida boazinha não é planejamento, é atitude.



Semana passada foi um marco histórico para mim. Este ano é meu ano! hahahahaha Sei que até já postei sobre isso! Mas sabem que me surpreendo ainda porque esqueço que implicações maravilhosas esta decisão - de que este ano vai ser meu ano - terá pra mim. Além do mais, sendo um contrato de mim para comigo mesma, no próximo ano estou muito bem decidida de que renovarei todas as cláusulas e que farei de 2012 meu ano também, só que em categoria premium ou algo assim! Não consigo não acrescentar uma novidade... sabem como é! hahahahaha

Mas take it easy! Não vamos nos dispersar aqui!

Pois eu ia dizendo que esse ano - meu ano - tem sido de valorosíssimas lições e conquistas. Só tenho a agradecer. A Abba, obviamente, a minha família... a todos os amigos em todos os planos, todos os que se importam comigo.

Não nos tornamos quem somos de um dia para o outro, nem de um ano para o outro. É um processo tão lento, mas tão lento que é difícil perceber quando começou. Pensamos que "amadurecemos muito nos últimos três anos"... "aprendemos bastante nos últimos meses"... "somos pessoas completamente diferentes da que éramos há 10 anos".

Só que não é bem assim. Mas só conseguimos entender que as coisas costumavam funcionar de uma maneira naquele tempo, que associamos a um determinado marco histórico datado na linha cronológica, e que hoje, no presente, são como são.

Vou dizer uma coisa que me acometeu: e se desde a sua mais tenra infância, desde que você "se entende por gente" não tivesse visto, vivido, aprendido, sido, presenciado, enfim... se a sua vida não fosse exatamente como foi "desde sempre", você seria há 10 anos, ou 3 anos, ou 3 meses a mesma pessoa? E hoje? Está entendendo onde quero chegar?

Antes do marco inicial que você está considerando para a(s) "grande(s)" mudança(s), quantos outros marcos iniciais existiram?

Há 2 conceitos que as pessoas não se sentem, de forma geral, confortáveis para discutir. Dentre as pessoas EU me incluo sem nenhum cerimônia, e faço isso porque DETESTO ser contrariada, especialmente por quem não consegue entender o que estou querendo dizer. E aí, teimosa que sou, parto do pressuposto de que para discordar de mim, o ÚNICO motivo plausível seria que a pessoa não esteja entendendo o que estou explicando. É isso e pronto. Se realmente eu conseguisse colocar dentro da cabeça do outro o que está dentro da minha cabeça. como seria POSSÍVEL que este outro não concordasse? Vez que o que estou colocando é a única resposta LÓGICA - no MEU ponto de vista, evidentemente - para estes dilemas?

Daí porque, justificadamente, detesto discutir sobre estas duas questões. E a maior parte das pessoas, pelo que tenho observado, também perde logo a paciência. Não sei se pelo mesmo motivo. As questões são as seguintes:

1 - Não tem como não existir reencarnação.

2 - O que nós experimentamos enquanto seres em estado de evolução espiritual "precária", no sentido de termos ainda muito a progredir, não é livre-arbítrio, mas uma mera cópia do livre-arbítrio (seria, em metáfora, como Platão diz no mundo das idéias e no mundo real), já que não podemos optar entre ser bons ou ruins, mas apenas QUANDO aprenderemos ou optaremos por ser bons.

O bom de escrever um blog é que não estou debatendo, estou apenas dissertando, divagando. É como diz Jules Renard: "Escrever é uma maneira de falar sem ser interrompido". Mas mesmo aqui, procuro ter cautela, sutileza e sensibilidade ao falar sobre determinadas questões.

Tenho uma historinha na minha cabeça que "desenha" minha tese e que posso colocar no blog um dia. Da criação das almas por Deus! hahahahahaha É meio engraçada... "Era uma vez o mundo. Imaginem que nesse mundo, em algum lugar do Universo, havia uma grande área plana, gigaaaaaaante em que cabiam toooodas as almas que existem (no Universo). Nesse espaço tem um graaaaaande portal, e sob ele tipo uma 'área de largada'. Um belo dia Deus terminou a produção de todas as almas (TODAS!), e Ele teria que ter feito todas e deixado todas estocadas, e aí quando a última ficou pronta ele levou todo mundo ao mesmo tempo (isso é muito importante) pra esse lugar..." Começa assim a minha historinha! hahahahahaha Que tal? Um dia eu conto. :)

Por que eu trouxe essas questões tããão delicadas e que até hoje tinha evitado abordar diretamente no blog, então? Pelo seguinte: pra explicar que além dos marcos de 3 anos, 10 anos, 15 anos, 20 anos atrás... que você considera decisivos para explicar a pessoa que você é HOJE, podem existir marcos (de mudanças, eventos, lições importantes que interferem na nossa bagagem espiritual, nossa personalidade) que sejam de centenas ou milhares de anos!

Digamos que "vida é uma só" DE CADA VEZ... que existe uma graaande vida, que é a reunião de todas as vidas, uma existência... e que estamos constantemente entrando e saindo de "cenário/cena" (literalmente), mas que, nos bastidores há um script que torna possível entender melhor a divisão dos "papéis" neste grande "palco".

Lembrem-se de que temos todo o tempo do mundo para nos tornamos quem quisermos ser. Nisso consiste nosso limitado livre arbítrio: no bom ou mal uso do tempo. Ces´t fini! Você não precisa se aperfeiçoar como "artista" enquanto não quiser.


No texto de Vina de Moraes chamado "Para uma menina com uma flor" ele diz assim: "eu sei que o meu amor por você é feito de todos os amores que eu já tive, e você é a filha dileta de todas as mulheres que eu amei; e que todas as mulheres que eu amei, como tristes estátuas ao longo da aléia de um jardim noturno, foram passando você de mão em mão até mim, cuspindo no seu rosto e enfrentando a sua fronte de grinaldas; foram passando você até mim entre cantos, súplicas e vociferações - porque você é linda, porque você é meiga e sobretudo porque você é uma menina com uma flor."


Caramba, né? O que ele quis transmitir com isso? Que se ele não tivesse tido experiências anteriores com outras pessoas que o depuraram, o experimentaram, o que ele sente por ela e a forma como ele demonstra não seriam iguais? Que a própria "escolha", o fato de que tenha se apaixonado por ela, o que ela é/possui que fez com que ele se envolvesse resulta daquilo que ela tem de comum e de diferente com as outras mulheres com as quais ele conviveu!? Isto é óbvio - embora seja um saco e eu vá morrer evitando pensar nisso (talvez até negando!), se estiver apaixonada por alguém, porque eu não quero ser "a filha dileta das mulheres que ele amou" - vivenciar, viver é altamente educativo.

Aprendemos a nos conhecer e aos nossos sentimentos e a educar a nós mesmos e aos nossos sentimentos. E assim nos tornamos menos difíceis para os outros. Quanto mais relacionamentos sérios e duradouros tivermos, mais provavelmente eles irão durar, sendo o último o com maior probabilidade de êxito.

Podemos perder um pouco do romantismo, das ilusões, das fantasias. Mas ganhamos em qualidade e em companheirismo.

O ponto é o mesmo: somos nós vivendo e mudando diariamente, nos transformando na pessoa que seremos amanhã (daqui a 20, 30, 40, 50 anos). Quando começou a mudança? No dia em que nascemos, pelo menos até onde podemos registrar. E quando terá fim? Pelo mesmo "critério", no dia em que deixarmos de respirar.

No decorrer deste processo permanente de transformação, nos deparamos, eventualmente, com encruzilhadas. Não é uma coisa constante, embora o espaçamento entre a última e a próxima (encruzilhadas) não possa ser precisado. As encruzilhadas são momentos-chave.

Quando nos deparamos com uma, precisamos tomar consciência de que rumos temos dado à nossa vida, já que estes - os rumos - nós os escolhemos tão automaticamente que, normalmente nem sentimos! Nem percebemos! Precisamos avaliar o que danaaaado andamos fazendo, se temos seguido por uma trilha que, ao menos possivelmente, nos levará ao destino que almejamos chegar.

Compreendo que não possuímos o controle da jornada, que, por mais que insistamos em planejá-la, fazemos isso apenas para nos darmos a falsa sensação de segurança que muitas necessitam para seguir adiante. Compreendo que o que irá acontecer durante a jornada foge ao nosso planejamento, ao nosso controle e, não raro, à nossa compreensão. Mas é OBRIGAÇÂO de cada um, no curso desta jornada, ter em mente um destino. Um objetivo.

A destinação, gente, não PRECISA ser fixa. Precisa existir. Somos "livres" (na medida em que dispomos de todo o tempo que quisermos dispor) para mudar de destino tantas vezes quantas quisermos. Podemos mirar objetivos dos mais variados e até conflitantes. Mas objetivos são necessários. Viver a ermo é perde-se em si. É padecer.

Ora, com objetivos nos frustramos e nos desesperamos, mas sem eles nos tornamos indiferentes e a indiferença é o sentimento mais perigoso e destrutivo ao homem quando é de si para consigo mesmo.

Pois muito bem. Chegamos a uma encruzilhada e, naquele instante, temos um objetivo em mente. Precisamos encarar se os caminhos que andamos tomando até ali nos têm conduzido à meta que traçamos ou se estamos nos enganando e nos sabotando. Precisamos ser realistas e reavaliar este objetivo para entender, em caso de auto-sabotagem, se isto não é uma mensagem de nosso "inconsciente" dizendo "Olha, não é isso que você quer, hein?! Se liga e traça aí outro plano que esse não vai te realizar!"  Ou se estamos sendo negligentes conosco e temos é que tomar vergonha na cara. As encruzilhadas são A HORA DA VERDADE.

Aí, colega, não tem pra onde correr. Temos que encarar a vida como ela é e decidir que caminho tomar dali em diante pra que sejamos, em 1, 2, 10, 15, 30 anos (!!!) a pessoa que queremos, podemos e merecemos ser!

Só que nessa encruzilhada não tem placa. Não tem guia. Não tem ajuda dos universitários. É você e você. Solamente!

Já dizem os sábios nordestinos: RAPADURA É DOCE, MAS NÃO É MOLE! Copiou? O que acontece quando tomamos o caminho errado? Bom, aí depende...

Quando tomamos o caminho errado numa encruzilhada, o estrago que isto vai lhe causar depende do esforço que você tiver empregado para que isto não tenha acontecido.

Se você realmente fez o que podia, e mesmo assim, "deu merda"... a próxima encruzilhada deverá ser mais suave. A sua consciência não vai lhe atazanar o juízo durante a jornada, as coisas não vão ser como você gostaria, ou como poderiam, mas vão acabar fluindo... Deus alimenta os pássaros e veste as flores e nós só podemos ser o melhor que nós podemos ser. Não se exige de nós que sejamos comparáveis a mais ninguém.

Agora, cumpadi... se foi corpo mole, safadeza... falta de compromisso. Aí o tamanho das pedras e cascalhos no caminho será proporcional ao seu desleixo, ao seu remorso (ou à ausência de remorso). À sua vontade de mudar dali em diante, ao seu desejo sincero e profundo de receber ajuda e de, se tornando uma pessoa diferente, ver o reflexo desta diferença no seu caminho. Tudo será tão relativo quanto puder ser. It´s up to you.

Vamos vivendo... dia após dia. Sentindo as coisas mais esquisitas, muitas das quais nem mesmo conseguimos nomear, tão pobre que é nosso vocabulário. Nos contentamos com nomes repetidos ou insuficientes porque a necessidade de externar o que sentimos é maior do que a de que os externemos de forma acurada. Nos sentimos sufocados de felicidade e angústia com intervalo de dias ou horas e esta oscilação as vezes é dilacerante, mas não há nada que possamos fazer.

Vemos que ao nosso redor, por toda parte, todo mundo tem problemas. Emocionais, físicos, muito mais difíceis que os nossos.

As vezes eu queria poder arrancar os problemas e as dores das outras pessoas. O que faríamos se Deus perguntasse: "tudo bem, eu tiro a dor dele, mas posso pô-la em você?" Claro que Abba nunca faria isso... é que eu fico pensando no tanto que é difícil ser bom. Sim. Para muita gente eu diria que sim. Mas eu acho que Abba apenas tiraria e colocaria numa pedra. É por isso que preciso acreditar no antes, no MUITO ANTES, e no depois, no MUITO DEPOIS. Por causas das dores, das angústias, mas da coragem de tanta gente boa no mundo. Me recuso a creditar ao "caos" ou à injustiça o porquê das coisas serem como são.


De vez em quando, as encruzilhadas se apresentam sob a forma de pessoas. É bem comum que isto aconteça comigo. A bem da verdade, acho que talvez eu costume atuar como encruzilhada na vida de algumas pessoas. Talvez isso explique muita coisa... Principalmente a efemeridade.

Ontem estava assistindo a um filme em casa chamado Remember me (Lembranças) e uma frase me capturou: "Our fingerprints don´t fade from the lives we touch". Sounded just like me. I hope. I trully hope they don´t... you... they don´t fade... my fingerprints! They were so many!

O protagonista neste filme também citou Gandhi dizendo "Whatever you do in life will be insignificant, but it’s very important that you do it because nobody else will." Uaaaau! Hãããã?! Sounds SO just like me...  Doing things anyway! Strongly believing that if I don´t, nobody will. The world savior! Mas quem guardará os guardiões? Sed quis custodiet ipsos custodes?

Entendem? Alguém entende? Por favor, entendam! :) Pleeeease!

Os fins de semana não têm sido bons pra mim. Estranho, né? Afe. Ando dormindo pouco. Este último resgatei uma prática que estava abandonada e que durante muitos anos me acompanhou... ver filmes. Vi quatro! Dormi nada. Tomei um susto comigo mesma. Refleti MUITO. Acho que, não sei se chega a ser uma encruzilhada, mas foi um dos tais "marcos".

Muito em breve, nesse feriado, vou embarcar numa aventura. É a realização de um sonho. Depois eu conto. Espero que não tenha nenhum leitor curisoso-crônico-cardíaco-ansioso! hahahahahaha :) Prometo que conto! Deixa ver no que vai dar! :) Não infartem, ok?

Só peço que continuem seguindo em frente (e o blog também! hahahaha) e que não se tornem indiferentes diante das próprias vidas! Tudo menos isso, ok? Se rasguem, se exponham, fiquem profundamente arrependidos e ressentidos consigo mesmos! É horrível! Uma droga! Mas é melhor do que olhar pra trás e perceber que não existe "longo" caminho coisa nenhuma, mas um grande e inútil círculo por onde você tem rodado pela vida, repetindo as escolhas nas encruzilhadas que te levam sempre a voltar para o ponto de partida.

"Ai de quem não rasga o coração, esse não vai ter perdão..."
(Vinícius de Moraes)





quarta-feira, 13 de abril de 2011

Hi... my name is Love! ;) huahuahauhuahua


hehehehe.. SHIT!

Suuuuuuuper busy!


Uma montanhaaaaaaa de trabalho aqui no escritório! No way que vou ter tempo de pensar! Até na hora de dormir ontem fiquei pensando nos processos e nas teses jurídicas e no que diria aos Ministros se fosse eu a encarregada dessas sustentações orais!

Me senti aquelas workaholics de filme :P

Soooo... I gotta go! Duty calls! hehehe



Assim que puder, dou uma fugidinha e passo aqui pelo blog! :)
See U...


terça-feira, 12 de abril de 2011

Tá com medo de ME amar, é?




"Le bonheur suprême de la vie est la conviction d'être aimé pour soi-même ou, plus exactement, d'être aimé en dépit de soi-même".


"A suprema felicidade da vida é a convicção de ser amado por aquilo que se é ou, para ser mais exato, de ser amado apesar daquilo que se é."



Victor Hugo


ps: Mas é um docinho de côco esse rapaz, né? hahahahahaha


Quando não tive palavras, minhas lágrimas vieram dizer da dor que senti.



Hoje vim trabalhar normalmente.

Estou envolvida em dois casos gigantes no escritório e estava estudando um deles quando resolvi "respirar" um pouco. Na falta de uma ideia melhor, abri no G1 da globo.com. Logo de cara, uma notícia capturou toda a minha atenção (http://g1.globo.com/Tragedia-em-Realengo/noticia/2011/04/alunos-de-columbine-nos-eua-enviam-recado-vitimas-de-realengo.html).

Abri em uma nova guia no navegador e comecei a ler. Completamente muda, senti tanta coisa. Um monte de lágrimas saiu de dentro de mim pra me socorrer dizendo tudo o que eu estava sentido, mas que nenhuma palavra poderia explicar.

Não é "só" o que aconteceu no Realengo no RJ nem é o que houve em Columbine (Já faz mais de 10 anos! E como é possível que eu me lembre disso com essa memória horrorosa que tenho? Lembro perfeitamente)... é a capacidade de união, solidariedade das pessoas, principalmente das crianças, que mexeu no meu coração de um jeito... me deu uma coisa!

Não consigo explicar. É tão triste... tão profundo... é como ser campeão da Copa do Mundo ao contrário. Todo mundo ligado por um sentimento em comum, tão próximos... aquela coisa de não estar sozinho. É o Amor preenchendo o "buraco". Somos nós sendo um pouquinho menos egoístas, só um pouquinho, pra lembrarmos que podemos amar ao próximo do jeito que Abba gostaria que fizéssemos.

Por um instante, os amamos como a nós mesmos, porque somos um só. Eles são nós, nós somos eles. Nos fundimos num sentimento de identificação e comoção profundo.

Vendo a foto na reportagem, daquelas crianças americanas segurando um cartaz voltado para "as minhas crianças", as do "meu Rio de Janeiro"... me deu um calor na alma. Esperança no futuro e no começo do mundo novo que se anuncia. Eu sei que existe pureza, ingenuidade e generosidade no mundo. Eu sei disso. Mas ver? Ver no rosto de crianças que só querem passar uma mensagem: "Vai ficar tudo bem, viu?"  Uau! Meu coração num aguentou. Derreteu todo!

Me digam uma coisa. Alguém conhece uma frase que dê mais alento ao coração do que essa? Quando ouvimos alguém que confiamos, que amamos, ou que transparece verdade e pureza afrimar pra gente que: "VAI FICAR TUDO BEM."Uuuufa! É tãããããão fácil acreditar! É tão bom! Simplesmente bom.

É até maldade dizer da boca pra fora! Se você realmente acredita, mesmo que não saiba, aí pode! Mas se você sabe que não vai ficar tudo bem e diz que vai... Puuutz! Aí é MUITA sacanagem! "Vai ficar tudo bem" é sagrado!

Ver nos outros a capacidade de genuinamente se importar com o próximo, tentar fazê-lo sentir-se melhor... Me fez muito bem. As lágrimas fiiiiinalmente vieram e lavaram a minha alma. Já disse aqui do meu imenso amor pela humanidade inteira. É algo meio surreal. Em momentos como este, sinto como (juro.. juro por Abba) como se a bondade que existe no mundo pudesse viajar pelo ar e entrar pelos meus pulmões e revigorar meu corpo inteiro! É algo que me faz sentir pessoalmente e particularmente feliz e orgulhosa. Yeeeaaaah! A gente tem jeito! :) Sabem? Tipo isso!

Obrigado ao pessoal de Columbine: crianças e adultos que blessed minha manhã. Obrigada pelas vibrações de amor e força pra as nossas crianças aqui no Brasil e pra todo mundo no planeta que sofre algum tipo de opressão, de desilusão, de medo. Somos um povo só com um futuro em comum. Muita coisa não entendemos, mas (heeey!) não precisamos entender, contanto que não desistamos uns dos outros. Ok?

Espero que láááá na frente (mas não tããão lááááá longe assim...), possamos encontrar oportunidades de união e reciprocidade por razões que nos façam chorar SIM, mas de alegria.

Papai do Céu abençoe a todos! :)


segunda-feira, 11 de abril de 2011

VIVER é a maior (e a melhor) aventura de todas ever!!! [por uma libriana]



Hi everybody!

Hoje eu estou extasiada com a vida!!! Sou assim, né? Quem mandou ser mulé de fases?

É que viver são taaaaantas possibilidades, tantas!

Vocês sabem o quanto que eu sou criativa, né? Pra não dizer "aluada"! hahahaha O André, meu amigo que é também psicólogo, diz que eu tenho esse tipo aí de "inteligência" que é, na verdade, uma capacidade de visualisar coisas muito nitidamente na tela mental. Se chama INTELIGÊNCIA VISUAL ESPACIAL. Chiquérrima, né?! kkkkkkkk

Então! Quando eu digo que a vida é um "leque de possibilidades", vem na minha cabeça a imagem de um LEQUE mesmo! Um leque furtacor, horizoltalmente infinito, muuuuuito grandão e no qual posso ver estrelas...

Só que eu penso: "Um leque? Um leque é pouco! É muito pouco!" E então de cada dobra do leque, de cada vinco, sai um outro leque igual a ele, que se sobrepõe tridimensionalmente... E de cada dobra de cada novo leque um novo leque... e assim infinitamente! É assim que vejo a vida hoje, agora!

Eu já tinha feito há um tempo essa associação vida-leque, mas pensando que cada escolha que fazemos é como se fosse um leque que se abre dentro do "leque que estamos vivendo"... juntando as duas idéias dá pra ter uma noção imperfeita, mas talvez aproximada, do tanto que a vida nos oferece incontáveis possibilidades!

Será que dá pra acompanhar esse meu raciocínio? Essa minha visão? As vezes tenho receio de estar sendo muito Duda! Uma vez ganhei uma poesia, há anos... e terminava assim: "não sei me expressar, só sei que Eduarda". Me lembrei dela esses dias...

Minha alma anda tão poética! Vim trabalhar hoje pensando em Vinícius, Vinícius de Moraes, claro! hahahahahaha Vina, meu poetinha! Filho de libra como eu. Somos incondicionalmente apaixonados pelo Amor, nós librianos. Era nisso que eu estava pensando... estava ouvindo música (claro... e ooowwww negocinho pra ter no mundo é música que fala de Amor!!! Benza Deus!)

Enfim! Acho que os filhos do signo de libra amam o Amor, e não, necessariamente, o objeto do Amor (tipo assim... a pessoa, saca?). É mais amor pelo Amor em si, entendem? Vejam Vina, por exemplo. Foi casado 9 vezes (NOVE!!!) e amou apaixonadamente suas 9 (noooove!) mulheres. É que ele amava o Amor por meio de cada uma delas, então sempre amou ao Amor, e amou a cada uma de uma vez, sem trair o Amor... que era o que ele amava no final das contas! Sei lá! Foi a maneira que ele encontrou de expressar ao Amor o seu amor. Faz sentido pra alguém além de mim?

Podemos perdoar muita coisa (os librianos), menos quem não ama o Amor do modo como amamos. Quem não luta, não acredita, não veste a camisa e vai pro front da batalha!

outro, o tal do alguém se torna secundário. O meio para o fim??? Será? É... mas não é... não sei explicar. A gente ama a pessoa, porque a gente ama o Amor por meio da pessoa, então ama a pessoa. Mas se ela não estiver à altura do amor que temos a oferecer ao Amor, então... bom... libriano sofre diferente.

Sofremos por amor independentemente de estarmos com alguém porque sentimos falta de termos um modo de manifestar ao Amor nosso amor.  E se estávamos com alguém e esse alguém "amarelou"... é como se a pessoa fosse "errada" pra o papel importante de destinatária do amor ao Amor (tão entendendo?) então ela não merece NADA. Nem sofrimento. Libriano sofre diferente, alguém já notou? Não somos de ficar chorando pitanga... Nos dedicamos muito ao Amor. Mas não nos dedicamos a pessoas incapazes de entender isso. Não são worthy. "Lágrimas por ninguém só porque é triste o fim. Outro Amor se acabou..." É tipo isso... Acho que é o melhor que consigo explicar.

Powww... não levem a mal. Não somos insensíveis (os librianos), via de regra... pelo contrário! Personificamos o Amor em um ser humano! É excesso de sensibilidade se olhar sobre esse aspecto! Por isso que somos excelentes "ex-namorados/maridos"! As vezes somos melhores "ex" do que quando  estamos juntos sempre sonhaaaando, deliraaando, querendo fugir de gôndola! Quando finalmente entendemos que a pessoa não vai dar conta do recado ou que ela não percebeu a enorme honra que estávamos lhe dando e ela está desperdiçando - ser a personificação do Amor, ué!!! hahahahahahaha JURO! Tocamos aquele botãozinho que todo mundo já ouviu falar e que começa com a letra "F"... Ah! Vai te catar, né? O importante é que amamos o Amor e que o Vasco nem está na briga pela Taça das Bolinhas! hahahahahahahhahahhahahaha :)

 Nossas declarações, nossa dedicação... é tudo para o Amor. O Amor sentimento, idealização, força que move nosso mundo. As vezes até somos "incapazes" de amar... talvez porque tenhamos gastado todo nosso amor amando ao Amor, sonhando, esperando, idealizando... e quem seria o "móvel" perfeito pra tanta expectativa? E aí não sobra muita coisa pra as gentes, será? Libriano ama diferente. É coisa de libriano isso eu acho! E não foi o libriano que disse: "de tudo ao meu Amor serei atento, antes, e com tal zelo, e sempre e tanto, que mesmo em face do maior encanto, dele se encante mais meu pensamento."

Eu libriana. Eu viva. Eu pulsante. Eu errante...

Imaginem só que combinação fantástica: viver e amar. Não necessariamente "amar viver". Mas VIVER AMANDO. É meio isso. Já falei trucentas zibilhões de vezes: a mim não me basta existir, preciso estar viva! Preciso interagir. A intensidade com que vivo é de uma densidade que me rouba o ar! Se estou feliz, sou imensamente feliz. Se estou miserável, sou insuportavelmente miserável. Se estou séria, sua absurdamente séria. Se sou, sou muito, ou não sou nada. Não sei ser pela metade, aos pouquinhos. 8 ou 88888888!

Do que tenho medo? De um dia olhar pra trás e pensar: "Putz... tinha tanto por viver, deixei pra depois e agora o tempo passou." NÃO! O que acontece com o tempo que vai? Só sei que não volta...

Existem frases que me marcam... pois que digam de mim "morreu enquanto estava viva!" E que eu me arrependa só do que fiz... porque nessa vida louca vida, vida breve que eu não posso levar quero mais que ela me leve!

Que neste leque furtacor eu possa saltar de dobra em dobra, de leque em leque, sem medo de cair! Que se cair, seja interessante. Não tenho medo do que não conheço. Tenho medo de não conhecer! Isso sim! Não me importo de chorar... sinto até falta porque ultimamente minhas lágrimas estão presas! Sabem? Afeee! Agoniante! Detesto quando isso acontece. Sabem como é? As vezes até dá vontade... escuto uma música e fico com aquele nó na garganta... mas lágrimas? Onde estão? Até disso tenho gana! Quero tudo! Quero as lágrimas, quero os sorrisos. Já disse: se quero os sabores, aceito as dores. Quero o pacote completo! Quero, quero, quero quero, quero, queroooo!

Mas estou disposta a dar também. A me doar. A dividir. A partilhar. Ontem vi o seguinte diálogo entre Alice e o coelho (de Alice no país das maravilhas): Alice: Coelho, quanto tempo dura a eternidade? Coelho: As vezes, apenas um segundo. BooOOOOooOOOoomMMmm! É EXATAMENTE isso! O Universo em uma casca de noz. A eternidade em um segundo. Gente! Aqui! Foco! Concentração! Sabe uma coisa realmente complicada? Cada um de nós entende VIVER como uma coisa completamente diferente. Sabe por que?

Porque acreditamos em coisas distintas quanto ao que existia ANTES deste momento em que chegamos ao mundo... e quanto ao que existirá DEPOIS que partirmos daqui. É muito difícil falar em ser, viver, existir se estamos nos referindo, muitas vezes, a lapsos temporais tããããão variados. Mas existe consenso com relação a UMA COISA. Pelo menos quanto a uma única coisa há consenso:

Ao PRESENTE.

Nunca vou esquecer do dia em que li que o presente se chama "presente" porque é uma dádiva. É verdadeiramente um presente, um gift. É um mimo que recebemos aqui e agora de Abba. Como se não houvesse amanhã! "Porque se você parar pra pensar, na verdade não há."

O nosso presente não é o "este minuto", nem mesmo o hoje... mas é o "agora". Será que você aí, que está lendo, sabe diferenciar AGORA de HOJE e entender que AGORA você tem muito mais tempo pra ser o que quiser, fazer o que quiser, ter o que quiser, do que HOJE ou NESTE MINUTO? AGORA você PODE TUDO! Depende apenas da sua real vontade. Eu acredito nisso! Eu vivo isso. Não sei se é cafona, piegas, maluco! Só sei que é assim...

Estava pensando nisso ontem e me lembrei do livro "O Segredo" que fez sucesso há um tempo... Será que é isso? Eu vivo o Segredo? Será que é "apenas" fé? Não sei. Mas o Universo é mais que um "lugar" pra mim... é minha extensão.

Já falei: posso até não "amar viver" porque EU acredito que existe um ANTES e um DEPOIS e que VIVER realmente envolve bem mais do que este momento que estou atravessando. As vezes me sinto tolhida, as vezes me sinto presa, as vezes sinto saudade de tanta coisa (que eu nem sei o que é ao certo)! São saudades, ansiedades, dores e sabores que não conseguiria explicar com palavras! É coisa de alma!!!

Então eu sei que grande oportunidade que é estar viva, estar aqui agora, sei que é um baita presente. Mas enquanto vivo, no momento e na eternidade que "o sempre" engloba, eu amo.

Vivo amando (no sentindo de ter um sentimento realmente intenso e profundo) cada instante. Amo tudo de bom e de ruim que me acontece de modo quase doentio. É que sinto as coisas em seu âmago. É como se não existisse outra forma de sentir que não seja à flor da pele. Até quando estou anestesiada e me sinto flutuar de dentro de mim, ou já fora de mim, todas as sensações são absurda e assustadoramente vívidas.

Em alguns momentos entro em simbiose com o vento, com o tempo, com a luz, com a matéria de um modo tal que tudo se desfaz... ou sou eu que me desfaço? Somos TUDO energia. A menor partícula da menor coisa é energia. A energia furtacor dos leques que são as possibilidades da vida repletos de estrelas.

Quando canta Samba da Benção Vinícius diz:

Feito essa gente que anda por aí
Brincando com a vida
Cuidado, companheiro!
A vida é pra valer
E não se engane não, tem uma só
Duas mesmo que é bom
Ninguém vai me dizer que tem
Sem provar muito bem provado
Com certidão passada em cartório do céu
E assinado embaixo: "Deus"
E com firma reconhecida!
A vida não é brincadeira, amigo
A vida é arte do encontro
Embora haja tanto desencontro pela vida


Bom... hahahahahahahaha Cada um com suas convicções! Digamos assim: "uma de cada vez". Que tal? A gente tem "uma vida de cada vez" e tem que cuidar dela direitinho, hein?! Já com relação a brincar com a vida... Huuum... Também depende! hahahahahahahaha Ou poderia ser "Brinque sim! Seja divertido, seja ousado, seja criança até o final!" Mas não viva de brincadeirinha... viva de verdade, sabe? Não brinque com a vida feito quem brinca com a comida... empurrando com o garfo de um lado pro outro sem nunca sentir o sabor. Depoir que fica frio, perde a graça, perde o gosto!

Estou muito na vybe de Vinícius hoje. É que isso de viveeer me remete muito ao poetinha. Aaaahhh! OS OUTROS QUE CONTEM PASSO POR PASSO! :) Tão intenso... na alegria e na tristeza:

"É claro que a vida é boa
E a alegria, a única indizível emoção
É claro que te acho linda
Em ti bendigo o amor das coisas simples
É claro que te amo
E tenho tudo para ser feliz
Mas acontece que eu sou triste..."
(DIALÉTICA)
:(

Pra ser sincera, nem vou dizer aqui que "as vezes a gente não sabe o que esperar da vida"... porque é exatamente o contrário! As vezes parece que a SABE o que esperar! Na maior parte do tempo é muito na base do improviso. Quer dizer... temos que ter na cabeça aquilo que queremos (ou pelo menos o que não queremos - que é menos complicado), o que valorizamos, alguns limites... That´s it! Sem amarras! Sem receios. Se sabemos o que realmente importa, quem somos, o que tem valor. Se sabemos o que esperamos de nós, é somente meter o pé na estrada e seguir de peito aberto! E créu!

É um grande, grandissíssimo problema não sabermos quem somos e o que queremos. Nem vou me atrever a dizer "saber do que somos capazes". Quem sabe, de fato, algo assim? Hein? É complicado, viu!? Somos criaturas imprevisíveis de lidar em momentos extremos, em situações críticas. Eu não ouso dizer que sou ou deixo de ser capaz disso ou daquilo. Mas eu sei quem sou. Eu sei o que eu quero, sei que tenho capacidades e habilidades... e força, garra, coragem... e fé. Haja fé! Fé em mim, em Deus, no Universo. Fé na fé.

Sabe o que me deixa revoltada? Quando vejo alguém dizer "eu não vou conseguir". Páaara! Larga de ser mané! Vai sim!!! Que o quê o quê o quê, rapáááá!? Se o negócio for nó cego mesmo, desses que a gente se treme todinho dos pés a cabeça... tem que pensar: "Puuuuutz! Agora "entrou água"! Mas que eu vou conseguir eu vou! Só não sei exatamente de que jeito AINDA!" Conta até 3 e se joga! Sei lá! Respira fundo, pensaaaa com calma! Ou então vai sem nem pensar! hahahahahaha Dá seus pulos! Só não me desiste sem ao menos tentar, hein?!

Nessas horas eu apelo logo pra Abba! hehehe Penso Nele e digo... "Olhe, Papi! Você sabe que eu sou trabalhosa... se fosse fácil não era eu! Bora, bora, bora! Me ajuda aí! Quebra meu galho e nem faça essa cara de 'lá vem ela' não, que você me conhece!!!" E não duvido nem por um segundinho. Fecho os olhos e sigo em frente. Posso estar me borrando de medo, mas medo mesmo mesmo mesmo - eu disse - eu tenho é de não tentar! De ter que passar o resto da vida com a bixiga do "e se" pentelhando meu juízo! Neeeeeeem! Tá doooooido!

Somos todos Indianas-Stalones-Jirayas-KungFuPandas-BruceLees! A vida é essa aventura mega blástica over ultra hiper extra! Tem um bando de gente que se contenta em atuar de figurante no próprio longa metragem. Ui! Sai pra lá! A gente nasceu pra ser do BOPE... hahahahahahahaha Esquadrão de Elite, sabem? Com um anélzinho tipo "Terra, fogo, água, coração! Pela união dos seus poderes, eu sou o Capitão Planeta! Vaaaai Planetaaaaaa!!!" huahuahauhauahuahuahua Tão visualizando? Fui falar da tal inteligência visual espacial, né? Tô vendo um bando de gente de armadura daquele metal que é quase preto (sabem? talvez até furtacor!), mas ao mesmo tempo meio roupa das operações especiais do FBI e com as faixas ninja na cabeça, umas espadas nas costas, um anelzinho gay e super poderes mutantes com luzes azuis saindo da palma das mãos! Muito show! hahahahahaha E lá vem o jipe camuflado que na verdade é alguma coisa super moderna que provavelmente até voa... Nisso... toca o celular de alguém porque amanhã tem julgamento de um processo importante na segunda turma do STJ (mas a pessoa já sabia porque tem poderes telepáticos, claro!) e tá na hora de voltar ao mundo real! yhuuuuuuuuuu! :D

Não dá pra passar batido pela vida. Não dá pra não pensar sobre o que acontece ao nosso redor. Não dá pra não se maravilhar com as coisas maravilhosas. Pra não se indignar com as indignantes... Nem pra não se emocionar com as emocionantes. Não dá pra ser mero expectador do próprio show. É preciso gargalhar, falar sozinho, chorar sem motivo, resmungar feito chato de galocha! É preciso andar descalço, dormir além do necessário, passar uma noite em claro. Todo mundo precisa, como diz Oswaldo Montenegro, sentir falta do som que não emana das estrelas (será que não?!):

"Pela marca que nos deixa a ausência de som que emana das estrelas, pela falta que nos faz a nossa própria luz a nos orientar. Doido corpo que se move é a solidão dos bares que a gente frequenta, pela mágica de um dia, que independeria da gente pensar. Não me fale dos seus medos, eu conheço inteira a sua fantasia. E é como se fosse pouca e a sua alegria não fosse bastar. Quando eu não estiver por perto cante aquela música que a gente ria. É tudo que eu cantaria e quando eu for embora, você cantará."
(Estrelas - Oswaldo Montenegro)


Somos criaturas privilegiadas. Esses dias ouvi que Gandhi disse que a Terra tem o suficiente para todos os homens, mas não o suficiente para a ambição de alguns poucos homens... mas li que o mesmo Ganhi disse que devemos nos tornar a mudança que queremos ver no mundo.

Pois bem. Somos os super heróis. Somos os loucos. Somos os vilões. Somos a cura. Somos os reis, as rainhas. Os súditos. Somos o que quisermos ser. Temos mais ao nosso alcance do que conseguimos administrar. Temos a globalização... Vejam o que está acontecendo no Oriente! A palhaçada que aconteceu no Realengo no Rio... e depois num shopping na Holanda. As fronteiras são pro forma... somos um povo só. Um mundo só!

A fé capaz de mover montanhas não é religiosa, é o "acreditar". A vida é um espetáculo em cores inefáveis, dimensões imperscrutáveis... os únicos limites são os impostos pela nossa ignorância. Pelas nossas amarras.

Estamos diante da maior aventura, a maior "caça ao tesouro" de que já se ouviu falar: o tesouro do conhecimento, da realização, da auto-descoberta. Tudo à distância de um pensamento. Distância que não se mede em som, ou em luz, nem muito menos em quilômetros, milhas ou pés! Imensúrável, mas insignificante! Tão distante e tão próxima! Avante: Alexandres, Júlios Césares, Marcos Polos, Gulivers e Quixotes! Especialmente os Quixotes!!!  Tem muito moinho de vento que ainda pode dar uma boa briga! ;)


"A verdadeira função do homem é viver, não existir. Não desperdiçarei meus dias tentando prolongá-los. Aproveitarei meu tempo."
Jack London



Dizem por aí sobre a relação entre mulheres e homens... hehehe



"Não nego que as mulheres sejam idiotas: Deus Onipotente criou-as à imagem do homem." George Eliot

"Toda mulher gostaria de ser fiel. Difícil é encontrar um homem ao qual ser fiel." Marlene Dietrich

"Ser mulher é uma coisa muito difícil, já que consiste principalmente de se relacionar com homens." Joseph Conrad 

"Primeira coisa que uma mulher deve fazer quando quer um homem é começar a correr." Moliére

:P

Teoria da Conspiração


O maior trunfo da Teoria da Conspiração é as pessoas acreditarem que ela não existe.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Terapia pro psiquiatra e sossego pro AMOR!



GIKO deita no DIVÃ




Oi genteeeee!!!

Primeiro de tudo: tava com dificuldade de escrever. As vezes tenho isso. Tava sóóóóó enrolando, mas aí decidi acabar logo com isso!

Acho que fazia 3 ou 4 dias que enrolava de um lado pro outro e não escrevia o que tinha que escrever, não fazia o que tinha que fazer aqui.

É que estou numa fase de transição "cósmica" dentro de mim. E aí fico quieta... fico musical... fico pensativa, mas não fico "externativa" dos meus pensamentos.

Pra completar tô dodóizinha... gripada e alérgica, os olhos coçando... um soooono!!! Aí já viu! Fico molinha, manhosa e preguiçosa! hahahahaha Pois é! Me processem! Tenho cada viaaaaagem na maionese... mas cadê ânimo de escrever?!

A frequência com a qual escrevo e o tipo de coisa que escrevo dizem muito de como estou me sentindo. Claro que é impossível (eu ESPERO do fundo do coração que seja) advinhar o que é o quê - o que significa o quê! Mas se estou triste é de um jeito, se estou feliz de outro, se estou sofrendo (que é diferente de triste) tenho uma necessidade diferente daquela que eu teria se não estou mais sofrendo ou se estou sofrendo ainda mais. E tomo decisões firmes na minha vida quanto a deixar ou não os sentimentos fluirem e por quanto tempo! Maior loucura, né? Sou assim! "Os outros que contem passo por passo, morro ontem, nasço amanhã, ando onde há espaço. Meu tempo é quando"  à la Vinícius de Moraes...

Mas se tenho que escrever sobre um assunto, mesmo que esteja em outra vybe... respiro fundo e vou lá! No começo é difícil, mas depois que começo a coisa flui.

Outro dia saí do trabalho e fui tomar canja (antes de ontem pra ser mais exata). Aaaaadoooooro sopa! Aí sentei lá com minha cumbuca, beleza... e a cabeça nas nuvens (certamente!). Sabem... eu sei que sempre fui precoce. Meio "criança adulta". Mas uma coisa que me choca é quando alguém me diz "Eduarda, você é uma mulher adulta e... sei lá! Interessante!" (por exemplo). Eu? Onde? Adulta? Não seria uma garota? hahahahaha Sério! Juuuuuro!!! Acho que esperava alguma grande anunciação de quando eu fosse ser adulta mesmo. Uma coisa que me fizesse perceber claramente que tudo mudou. Tipo: Sinos! Fogos de artifício! Alguém anunciando em um alto-falante! Mas me formei na faculdade e nada aconteceu. Nem quando troquei meu primeiro carro com meu próprio dinheiro. Ou fiz minha primeira viagem com um namorado. Nem quando vim morar em Brasília sozinha. Nem quando saí desafiando o mundo todo pelo que acreditava! Vou fazer 28 anos em outubro e não me sinto mais adulta do que era aos 14. Não sei se é porque, como diz mamãe, sempre fui dona do meu nariz... E então não é isso que os adultos fazem? São donos dos seus narizes?

E na "sopa" fiquei pensando... "E se eu sou assim? tem gente que é ao contrário de mim?" Quer dizer... que sempre foi tão infantil, tão inconsequente e dependente dos outros, tão NÂO-dono do nariz (no sentido de nunca ter tido realmente autonomia) que ao menor sinal de "independência" se engana que é adulto sem ter a mínima idéia de que não é? Tipo... Começa a dirigir, é adulto. Começa a ter dinheiro, é adulto. Começa a ter subordinados, é adulto. Tem filho, é adulto? Porque eu já vi gente que com todas essas coisas não é nenhum um pouco adulto MESMO. Isso mesmo. Eu falei que tem FILHO e não é adulto!

Então eu me perguntei: Mas o que é ser adulto? É uma pergunta justa, certo? Ser adulto não tem patavinas com a idade, isso já ficou muito claro pra mim. Ser adulto não ter nem mesmo relação com você ter consciência ou não de que é ou deixa de ser adulto. E então, tomando sopa no Green´s, na 303/304 da Asa Norte em Brasília eu cheguei à conclusão de que tem gente que nasce adulta, e tem gente que não nasce. Simples assim. Os que nascem, dificilmente deixarão de sê-lo algum dia e os que não nascem, dificilmente passarão a sê-lo. É uma caractéristica (seria qualidade?) inerente à índole e à personalidade do indivíduo. Significa a habilidade de ser dono e controlar o próprio nariz. De tomar conta da própria vida com força, com convicção. De ser independente, responsável, consciente de si.

Por isso é tão complicado entendermos quando nos tornaremos adultos. Nunca nos tornaremos! (Via de regra, ao menos...) Porque sempre fomos! Ou nunca fomos, e então não nos tornaremos (a não ser que seja uma pessoa parte da exceção que "vira" adulto em um dado momento... o que é MUITO raro).

O que não muda o fato de que amadurecemos fisicamente, o que se confunde com "adultez", que virou sinônimo daquela etapa da vida que segue a adolescência e antecede a velhice. Sei lá! É complicado porque a mesma palavra "adulto" é usada pra duas coisas tão diferentes... o período que envolve determinadas idades e também a maturidade que DEVERIA corresponder a esse período, mas não tem BULHUFAS a ver!

Então sou uma mulher. Desde quando? Continuo não tendo a mínima idéia... Dona do nariz? Sim. Aí sou desde que me lembro...

Mas eu só estava tomando uma sopinha...

E não era nem sobre isso que eu ia postar... que eu VOU postar.

Preparados? Muito bem! Vamos ao que interessa!

É o seguinte: desde a semana passada eu não abria a bixiga do livro de Gikovate. Desde o dia do MacDonald´s (da esclarecedora conversa entre o malinha e o bonzinho, lembram?). E para mim já estava meio que claro que não restava mais o que escrever sobre as teses e os pensamentos que eu poderia extrair, arrancar de lá como obra literária.

Pois é! Ledo engano... e ao mesmo tempo pura verdade.


Calminha!

Peço a paciência de vocês porque hoje escrevo mais uma vez sobre o AMOR. Não sobre o amor apenas. Escrevo sobre o que o amor faz. Por exemplo, o que o amor fez a Gikovate: homem desiludido, mas que NUNCA perdeu fé no amor! Isso é o que ele é.

Olha só... Não extraí do livro mais nenhuma tese baseada nas idéias de Giko. O que eu concluí foi que as teses que ele construiu o transformaram profundamente e foram baseadas no que as constatações que ele fez lhe causaram - a ele Gikovate, a ele ser humano adepto do amor!

Só sua fé absoluta no amor e sua teimosia em não desistir dessa crença (ainda que talvez insconsientemente) o impulsionaram a continuar acreditando em "algo". Na verdade, escrevo é sobre o poder da desilução e da fé. E no que o homem é capaz de criar para proteger sua sanidade.

Calma (já pedi que se acalmem!) que eu vou explicar.

É difícil até pra colocar em palavras porque eu mesma estou sentindo um turbilhão de coisas.

Tudo começou quando iniciei a leitura do último capítulo do livro "uma nova visão do amor" de Giko. Depois de termos passado por diversos "momentos" e descobertas, alguns sobre os quais eu escrevi, mesmo que de maneira torta, aqui no blog em posts anteriores, não imaginei que o final da obra pudesse me surpreender pelo conteúdo. E não surpreendeu. Não pelo conteúdo. Mas pelo que eu senti nas entrelinhas. Me sensibilizei com Gikovate.

Tenho essas coisas meio malucas... meio Marte, mesmo. É como se ao ler, eu estivesse em contato com o escritor, o homem que estava escrevendo aquilo ali. Exausto, convicto, esgotado, mas consolado. Ele encontrou uma espécie de conforto em suas conclusões finais.

Foi neste momento que o psiquiatra deitou-se no divã.

Gente, seria um exercício realmente muito longo repassar os últimos momentos do livro. Nem sei como vou fazer ao certo para tentar explicar o que houve. Mas vou tentar... ou vou morreeeer tentando!!! :) Vocês me conhecem e sabem que é a minha cara! hahahahahahaha

Vamos lá!

Ainda falando em AMOR, Giko explica que, mesmo para aqueles que o vivenciassem sob a perspectiva de metades que se completassem uma à outra, por mais que fossem semelhantes, que fizessem tudo para se compreender, se respeitar, etc, etc... seria impossível não decepcionarem-se eventualmente. Senão um com o outro, traídos quando se deparassem com a diferença de percepção ou opinião em determinada questão, com o sentimento em si (o próprio amor), que na calma e na estabilidade perderia parte de suas caraterísticas estimulantes.

Pobremente falando, é isso. Este seria o fim inescapável do amor romântico.

Muito bem. Essa hipótese acima seria considerando duas pessoas que chegassem o mais próximo possível e imaginável de um "amor bem sucedido". Seria um casal que, efetivamente, compusesse aqueles 5% de casais bem casados e felizes que não se divorciam. Ainda assim findariam frustrados, "sozinhos" de alguma forma. Traídos, não pelo outro, mas pelo AMOR que não é "100% de satisfação garantida ou seu dinheiro de volta."

Ok? Foi essa a conclusão de Giko. Sei lá quantos anos de estudo clínico, de leitura, de vida, de tudo, pra no final das contas se deparar com isso: um beco sem saída. Um dead end.

Como o AMOR pôde fazer isso a Gikovate? Ráááá! Mas não ia ficar barato. Sabe o que aconteceu? Gikovate deu o troco. Ele também fez algo ao AMOR: escreveu seu último capítulo. Ele não matou o AMOR. Ele não poderia... Como? No fundo ele não queria acreditar no resultado de sua própria análise científica sobre o AMOR. Então ele resolveu "salvar" o AMOR. E pensando que salvava o AMOR, foi a si mesmo que Giko salvou. Num ato derradeiro de desespero e fé. É isso que eu acho. (Mas aí ele meio que aleijou o AMOR!) Vou explicar.

Platão, citado inúmeras vezes por Giko, fala que somos metades em busca da outra metade para que possamos ser inteiros. Certo? Todo mundo acompanhando? Beleza. O "buraco" que temos no meio do peito, na boca do estômago, enfim... o tal do vazio... é causado por nos sabermos metades, incompletos.

É bem verdade, e sou eu uma das mais empenhadas defensoras desta idéia, de que é possível conviver com a solidão (consequência desse buraco desgraçado). De fato, existem tipos diferentes de solidão, e também de tolerância à solidão.

Algumas vezes a solidão, a convivência com o nosso vazio, com o nosso buraco, funciona como depuradora. Ajuda a compreender o mundo, a nós mesmos, aos outros. Ajuda a recompor energias de pessoas que se doam demais. Pessoas  que são mais suscetíveis a partilhar energias com os outros, seja em recebendo grandes desgargas, seja em dividindo suas próprias reservas. Porque existem muitas formas de doação. Mas esta seria muito mais uma exceção do que uma regra.


Outro dia (em março) escrevi sobre isso aqui no blog e concordei com Sêneca que no meu caso, por exemplo, as vezes "A solidão está para a alma como a comida está para o corpo." Para MIM, que aprecio a solidão eventualmente e gosto da minha própria companhia na maior parte do tempo (tem dia que nem eu me aguento!) este ditado se aplica na maior tranquilidade... Mas a gente sabe que tem gente - MUITA GENTE - que não tolera ficar só.

Onde quero chegar? É que Gikovate diz que é do "natural desenrolar" do processo evolutivo social que (todas?) as pessoas desenvolvam a habilidade de "ser sós" e de se compreenderem ou visualisarem como inteiras, ainda que não se sintam "completas" porquanto o tal do miserável, do infeliz do buraco ainda vai estar lá.

De toda sorte, Gikinho denomina o relacionamento entre estas pessoas inteiras de +AMOR, ao invés de "simplesmente" AMOR. Assim, substituindo a armadura reluzente por um jeans confortável, o cavalo branco por um carro movido a biocombustível e a espada por uma bic (nem ao menos um bouquet!), nosso Mago Merlinkovate tira de dentro da cartola uma solução para que o AMOR não "morra"... ele vai ser moderninho, vai ser robótico!

A única coisa importante é a satisfação. Esqueçam a música de Tim Maia! Vale homem com homem, mulher com mulher, jacaré com jacaré, vale tudo! De careta já basta Bolsonaro! É isso que Giko espera do "futuro"... E eu que pensei que o presente já estava assim... essa cachorrada! Será que vai piorar, meu Deus?! Afe Maria! E Tiririca que só fez uma única promessa na campanha e não vai manter? Pior do que tá, fica?!

Olha! Para mim está tudo muito claro. Tirando a realidade de que cada um faz o que quer, desde que entenda que sua própria liberdade acaba onde começa a do seu próximo, acho que o futuro previsto por Gikovate (a parte do "jacaré com jacaré") está bem aqui diante de nossos narizes. Também a parte de que muitos de nós aprendemos a ser sozinhos SIM, é verdade! Mas não porque sejamos completos, ou pelo cumprimento de uma profecia de Giko! Não é porque sejamos metades, ou sejamos um terço ou três quintos ou um oitavo! É porque é da natureza do ser humano (Desde sempre! Não sei!) que algumas pessoas saibam ser sozinhas e outras não! Sempre foi assim!!!

Já falei noutra ocasião de que isso de uma pessoa inteira + uma inteira, ou uma inteira + uma metade... isso pra mim é baboseira. Transformar o AMOR em conta matemática é falta de trouxa de roupa suja pra lavar.

Se é pra falar em Platão, vamos falar em Platão! Prestem atenção aqui.


Platão falava no Mundo das Idéias. Segundo o filósofo, tudo o que era perfeito e real existia lá (no Mundo das Idéias) e tudo que existia aqui (sim, aqui no planeta Terra, no nosso mundinho real) era uma cópia imperfeita do que havia lá. Quer dizer: Justiça, Amor, Verdade, Razão, Ódio, Perdão, Sensatez... todos esses conceitos que nós temos aqui são baseados na "coisa real" que existe no Mundo das Idéias, mas que nós não conhecemos e nem podemos conhecer. Existe até a questão de iniciar a palavra com a letra maiúscula e minúscula. Teríamos aqui, então, justiça, amor, verdade, razão, ódio, perdão e sensatez.

Isso porque com a mudança dos tempos, a mudança dos homens, também as percepções se alteram para NÓS, mas o significado real da coisa permanece, nós é que vamos tentando nos aproximar dele conforme evoluímos. Tratam-se de conceitos aporéticos. Indefiníveis! Mas o fato de que não possamos definí-los ou conhecê-los em sua plenitude não os torna menos reais. E o que vivenciamos aqui, no nosso mundo, é o mais próximo que temos a capacidade de vivenciar. Quando mais PERFEITOS nos tornarmos, quanto mais IDEAIS nos tornarmos, mais PERFEITOS e IDEAIS se tornarão também os nossos sentimentos, nossa percepção, por exemplo, do AMOR, nossa vivência do AMOR! Quer dizer, o problema nunca esteve no AMOR, sempre esteve em NÓS.

Ora! Evolução tecnológica, que é o parâmetro utilizado por Gikovate, não era, obviamente, o parâmetro que Platão indicaria. Eu aqui faço a opção por PARÂMETRO de evolução moral. Pois sendo assim, eu bato o pé e digo: o +AMOR está tão longe do Amor quanto poderia estar! E eu não quero desmerecer Giko. Ele não sabia mais o que fazer, então inventou isso. É que eu tenho uma solução diferente. Acredito que ao invés de mudar o AMOR, temos que mudarmos a nós mesmos.

Eu posso me dar ao luxo de pensar assim porque não tenho sei lá quantos anos de frustração clínica pesando por sobre meus ombros. Como disse antes, o que Gikovate fez? Quando ele percebeu que o AMOR não tinha jeito... que as pessoas tinham que se frustrar no final das contas, ele criou o +AMOR, em que as pessoas continuariam se envolvendo sem a necessidade de buscar o outro para se sentirem completas.

O +AMOR, na verdade, é -AMOR. Não é AMOR pra toda a vida, nem de corpo e alma...

Sabe onde Giko errou? Todo o tempo ele focou no AMOR como uma "argamassa" para que duas pessoas que se sentiam metadas pudessem se manter juntas. Ele achou que a solução para que o AMOR/argamassa funcionasse seria encontrar tijolos compatíveis. Quando ele viu que essa construção poderia desabar, não importa quão compatíveis fossem os tijolos ou forte a argamassa... quando ele viu que havia o tempo atuando como agente externo e ameaçando a construção ele pensou: "O amor não precisa ser uma argamassa, e as pessoas não precisam ser tijolos que se encaixem perfeitamente, basta um pedaço de velcro e duas superfícies lisas com aderência! Todo mundo precisa ser uma superfície lisa com aderência ao velcro. Descolou de uma, cola na próxima!"

Bem, Doctor... Essa é uma solução fácil e esdrúxula. Ela não resolve. É triste. O velcro, eventualmente perde a aderência também... fica com aquelas bolinhas, sabe? Deixa de funcionar. Você estará ali "junto" a alguém, mas sabendo que a pessoa não está com você porque você é único e especial no mundo, é porque você era a superfície lisa com aderência mais próxima.

Imaginem ler "O pequeno  príncipe" vivendo dessa forma e ainda entender o que a rapousa fala ao princepezinho sobre sua rosa? De que ela é única no mundo para ele? Não fará o menor sentido para essa pessoa!

Sabem? Eu acho que quando Giko escreveu sobre o +AMOR (-AMOR) ele pensou: "Deus, faça com que isso não aconteça nunca! Mas eu tenho que dar um final ao meu livro!"

Ele tinha que terminar o livro. Ele tinha que "salvar" o AMOR de alguma forma... que garantir que, de algum jeito as pessoas ainda ficariam juntas, nem que fosse por ficar.

Eu trabalho com um advogado que tem uma filha pesquisadora. Ele estava me contando isso e eu achei super legal! Fiquei toda empolgada. Imaginem... nunca conheci uma pesquisadora. Ainda não conheço! hehehe Mas conheço o pai dela! Enfim... Ele disse que as vezes as pesquisas chegam a um beco sem saída e que quando isso acontece alguma pessoas dizem: "Pois é. Beco sem saída. Cheguei aqui e não tenho a mínima idéia do que fazer. Vamos começar outra pesquisa" Deve ser muito frustrante. E tem gente que inventa uma conclusão... e reza. Reza pra que demore muito até alguém descobrir que ele ou ela teve essa cara de pau e que descubra a verdade! Nesse meio tempo ficam famosos, vendem livros, remédios, dão palestras. Normalmente morrem sem que ninguém descubra nada...

Lembrei disso quando comecei a pensar sobre essa postagem. Não é o caso de Gikovate. Ele é escritor! Pode concluir o que quiser, teorizar o quanto quiser... mas lembrei da história por causa da coisa do dead end e do ter que lidar com isso. Acho que se fosse eu também não ia me curvar ao "e nos sentimos traídos pelos AMOR"... Mas a minha solução, qual seria?

É que eu não acho que nos sentimos traídos pelo amor. Minha conclusão seria outra: nos sentimos traídos. Ponto. Isso é fato... maaaaaaaaaas...

Será que podemos ter a hombridade de realizar que somos nós que nos traimos? Nós quem traímos o AMOR?!


Traimos o Amor (de Platão) porque insistimos em cópias xulas aqui no mundo real, ao invés de nos melhorarmos para que também tenhamos sentimentos melhores! E traimos nossas queridas cópias xulas porque somos incapazes AINDA de sermos fiéis a nós mesmos. E por essa mania ridícula e doentia de complacência mútua, culpamos tudo ao nosso redor, contanto que nos inocentemos. Culpamos a Deus, e agora culpamos ao AMOR.

Somos nós que não aceitamos nossas limitações. Somos nós que nos recusamos veementemente a aceitar, enxergar e admitir as limitações do outro. Somos nós que esperamos coisas que não podemos receber nem dar (e sabendo que não as podemos dar, mesmo assim continuamos achando que seria justo recebê-las!) e nos frustramos.

Tem uma música de Oswaldo Montenegro que eu tenho quaaaase certeza que postei aqui no blog já que se chama "Se puder sem medo" e diz:

Deixa em cima desta mesa a foto que eu gostava
Pra eu pensar que o teu sorriso envelheceu comigo
Deixa eu ter a tua mão mais uma vez na minha
Pra que eu fotografe assim meu verdadeiro abrigo
Deixa a luz do quarto acesa a porta entreaberta
O lençol amarrotado mesmo que vazio
Deixa a toalha na mesa e a comida pronta
Só na minha voz não mexa eu mesmo silencio
Deixa o coração falar o que eu calei um dia
Deixa a casa sem barulho achando que ainda é cedo
Deixa o nosso amor morrer sem graça e sem poesia
Deixa tudo como está e se puder, sem medo
Deixa tudo que lembrar eu finjo que esqueço
Deixa e quando não voltar eu finjo que não importa
Deixa eu ver se me recordo uma frase de efeito
Pra dizer te vendo ir fechando atrás da porta
Deixa o que não for urgente que eu ainda preciso
Deixa o meu olhar doente pousado na mesa
Deixa ali teu endereço qualquer coisa aviso
Deixa o que fingiu levar mas deixou de surpresa
Deixa eu chorar como nunca fui capaz contigo
Deixa eu enfrentar a insônia como gente grande
Deixa ao menos uma vez eu fingir que consigo
Se o adeus demora a dor no coração se expande
Deixa o disco na vitrola pra eu pensar que é festa
Deixa a gaveta trancada pra eu não ver tua ausência
Deixa a minha insanidade é tudo que me resta
Deixa eu por à prova toda minha resistência
Deixa eu confessar meu medo do claro e do escuro
Deixa eu contar que era farsa minha voz tranqüila
Deixa pendurada a calça de brim desbotado
Que como esse nosso amor ao menor vento oscila
Deixa eu sonhar que você não tem nenhuma pressa
Deixa um último recado na casa vizinha
Deixa de sofisma e vamos ao que interessa
Deixa a dor que eu lhe causei agora é toda minha
Deixa tudo que eu não disse mas você sabia
Deixa o que você calou e eu tanto precisava
Deixa o que era inexistente e eu pensei que havia
Deixa tudo o que eu pedia mas pensei que dava


Nos fingimos. Somos muito, muuuuuuuito, MUITO bons nisso! E enquanto tudo está indo bem, está tudo bem... Sabe aquela frase "Tudo vai bem quando acaba bem?" Pois é. Mas as vezes as coisas não acabam bem. E o que fazer? Primeira providência: botar a culpa fora de nós.

É difícil lidar com o fracasso. É bem difícil. É ruim. No caso dos relacionamentos amorosos as dificuldades são plurais. Normalmente não estamos falando de um primeiro fracasso... então já vem aquela coisa "será possível que eu tenha errado OUTRA VEZ? Eu não aprendo nunca?!"... Agravada por uma sensação de culpa e de burrice (É isso mesmo: nos sentimos burros!) porque achamos que tivemos indícios de que aquilo não ia dar certo, mas por não queríamos admitir que estávamos errando de novo, insistimos "sabendo" que não ia dar certo! Nooooossa! Ficamos indignados com nossa burrice! Mas a culpa é do outro que nos iludiu... que se aproveitou de nossa fragilidade... que fez macumba!

Além disso, sempre achamos que ou sofremos mais que o outro, ou que nos esforçamos mais, ou que somos melhores e estávamos fazendo o "favor" de dar uma chance pro outro e ele não deu valor, ou que não dissemos tudo que tínhamos pra dizer, ou que dissemos mais do que devíamos! Enfim! Um monte de blá blá blá que repassamos mentalmente pra nos torturarmos... nada que possa ser modificado, evidentemente!  

Somos uns bobos mesmos. Alguns, como disse Giko, saem dessas experiências fortalecidos (único momento do livro em que o vi usando a primeira pessoa do plural "nós", ele se considera forte) e mais determinados a "acertar na próxima"... outros saem mais experientes, "cobras-criadas", abertos a novas experiências, mas não ávidos por vivê-las... outros saem a-p-a-v-o-r-a-d-o-s e completamente desestruturados com pânico de se envolver novamente e sofrer tudo outra vez.

Não me admira que tendo presenciado este mesmo cenário milhares de vezes Gikovate tenha resolvido que +AMOR era -AMOR, quer dizer... Que "mais amor" era amar menos! Que o ideal seria auto-suficiência para usufruir dos prazeres do amor sem se deixar envolver pelo fenômeno. Resumindo é isso: sai de cena o fator antiamor, entra em cena o anticorpo contra o amor. As pessoas se tornam praticamente imunes.

Sabe o que eu estava pensando? Será que é exagero meu? Considerando que Giko se inclui ao falar nos "fortes" que após o fracasso de uma experiência amorosa saem mais maduros e preparados para lidar com uma nova tentativa, e considerando que ele não pôde aceitar a morte do AMOR, e por isso criou o +AMOR... Fiquei imaginando se a "criação" do próprio fator antiamor não surgiu de uma decepção amorosa que o psiquiatra teve. Olhem só minha tese...

Quero dizer o seguinte: cheguei á conclusão de que o fator antiamor não surge para impedir o envolvimento entre duas pessoas que se apaixonaram, que se interessaram mutuamente. Quando duas pessoas se apaixonam, há quem diga que é químico, kármico, não sei! Só sei que acontece. Depois que estão juntas, aí sim, o que Giko chama fator antiamor pode começar a atuar para impedir que o relacionamento se aprofunde.

Entretanto, quando apenas uma das duas pessoas se "apaixona", o que pra Giko não é paixão (que pressupõe os dois envolvidos simultaneamente) a outra pessoa poderá analisar racionalmente se lhe interessa corresponder ou não ao interesse do "apaixonado". Nesse caso o fator antiamor, que é puramente racional, já entra em atuação imediatamente.

Muito bem. O que eu acho é que Gikovate, talvez, "apaixonado" e não correspondido tenha se deparado com essa segunda situação. Posteriormente, em suas experiências clínicas, tenha visto a repetição do padrão em ambas as situações, e tenha nomeado este "momento racional" de fator antiamor até como uma forma de se sentir melhor por aquela rejeição, afinal, a pessoa pode sempre pensar que a culpa por ter sido rejeitada não é sua (por não ser interessante ou atraente o suficiente), mas do fator antiamor do outro.

Entenderam? Será?!
Mas voltando....

Eu acredito que se aprendermos a aceitar nossas limitações, nossas parcelas de culpa. Se compreendermos que nós nos traimos, porque um sentimento - o AMOR - não possui animus para trair quem quer que seja, poderemos AMAR e sermos AMADOS plenamente.

Qual é a proposta do +AMOR? Nos sentiremos incompletos (por causa do buraco), mas saberemos que somos inteiros, porque não mais abraçaremos o mito de Platão.

De que me interessa saber que sou um inteiro e me sentir incompleto? Pelo amor de Deus!!! Me poupe! Isso é pura retórica! Inútil! Se pelo menos eu pudesse saber que não sou inteiro e me sentir completo, vá lá! Ainda teria alguma serventia! Não não nãaaaaao!

Vinícius de Moraes falou que "a vida é a arte dos encontros, embora haja TANTO desencontro pela vida." É a esta corrente que eu me filio. A do AMOR! Sei lá se sou inteiro, mas quero é uma trégua nesse buraco, quero me sentir completo!

Entendo Giko. Louvo sua coragem inocente em tentar salvar o AMOR do modo como fez. Compreendo suas boas intenções e lhe digo: "Calma, cumpadi! Não desanima, não! As coisas vão "acabar" melhor do que você pensa, viu?"


Seduzir
Djavan


 Cantar, é mover o dom
do fundo de uma paixão
Seduzir, as pedras, catedrais, coração
Amar, é perder o tom
nas comas da ilusão
Revelar, todo o sentido

Vou andar, vou voar, pra ver o mundo
Nem que eu bebesse o mar
Encheria o que eu tenho de fundo


Eu preciso insistir aqui que precisamos nos PREOCUPAR MENOS COM AS FÓRMULAS, as teses, as consequências! Sabe por que? Porque são um bando de inutilidades que só servem para ocupar nossa mente e nosso tempo nos momentos de solidão.


Gente! Helloooo! Leiam com atenção. Todas as fórmulas, todas as teses! Tudo o que você puder se preparar para quando viver um amor... Tudo besteira! Perda de tempo! Li um estudo científico chamado “The Neuroimaging of Love”, divulgado pela primeira vez em agosto de 2010 e publicado pela The Journal of Sexual Medicine segundo o qual demoramos 0,2 segundos para nos apaixonarmos! Vejam bem! Consoante esse estudo, quando uma pessoa se "apaixona", 12 áreas do cérebro trabalham juntas liberando químicos indutores de euforia (dopamina, ocitocina, adrenalina e vasopressina). Segundo os pesquisadores, os efeitos são comparáveis aos do uso da cocaína e em casais reciprocamente apaixonados foi notável o aumento dos índices NGF, causadores de nervosismo no sangue.

Agora eu pergunto: de que adiantam todas as teses? Toda a compreensão do mundo sobre o "fenômeno" do AMOR?

PERDA DE TEMPO!!!

Estes componentes químicos não afetam somente o emocional, mas também áreas do cérebro ligadas ao intelecto, como funções cognitivas sofisticadas relacionadas às representações mentais, metáforas e imagem corporal. Depois que nos apaixonamos, de que interessa o tom da voz, o sinal que ela tem no nariz, o cheiro que ele sai do trabalho, se ele tem um trabalho horrível ou se ela tem essa mania irritante de achar que está sempre certa? Tudo isso é poeira ao vento! É até engraçadinho!

Ficamos "retardados"! Alternamos entre ser generosos e egoístas, mas não por escolhas necessariamente conscientes! Somos ambos, somos nada! Brigamos para fazer o que o outro quer, e não o que nós queremos... Fazemos tudo certo e tudo errado e nada disso tem a menor importância porque não temos controle algum sobre o futuro e se vamos ou não ficar juntos.

Todas as teorias são aplicáveis apenas quando estamos racionalmente envolvidos, não quando nos apaixonamos. E não é exatamente o que buscamos? Quem quiser que negue. Gikovate incluso! Queremos amar loucamente, e não lucidamente. Queremos conseguir burlar as regras, começando pelas nossas. Fazer coisas que não fazemos normalmente. Precisamos de hormônios, insegurança e de todas as coisas "ruins" envolvidas no AMOR. Não queremos um +AMOR... quando a gente ama, SIMPLESMENTE AMA.

Não importa se vai durar, se vai acabar. Escolhemos os nomes dos filhos, a quantidade de cachorros e a decoração da casa pelo simples prazer de PODER fazer isso. Se tudo isso vai se concretizar ou não é um "detalhe". Se o AMOR é o que resiste a essa empolgação inicial ou se o AMOR é o que se consolida a partir dessa insanidade inicial, não sei. São etapas de um processo que não interessa vivermos de forma dissociada. Queremos tudo. Queremos viver todos os pedaços e todas as facetas até o dia em que aconteça "O AMOR" que não acabe. Se vai nos poupar dores, vai nos poupar sabores...

Não queremos mil amores diferentes, de homem com homem, mulher com mulher, inteiro com inteiro. Queremos um amor só que não seja eterno, mas que seja infinito enquanto dure e que dure tanto quanto nós mesmos durarmos, até que a morte nos separe. Queremos viver um grande amor e ser, se possível, um só defunto, como no texto de Vinícius.

E vamos esperar esse dia, ainda que secretamente... ainda que escondidos até de nós mesmos...




Quando A Gente Ama
Oswaldo Montenegro


Quem vai dizer ao coração,
Que a paixão não é loucura

Mesmo que pareça
Insano acreditar
Me apaixonei por um olhar
Por um gesto de ternura
Mesmo sem palavra
Alguma pra falar
Meu amor, a vida passa num instante
E um instante é muito pouco pra sonhar
Quando a gente ama,
Simplesmente ama
É impossível explicar
Quando a gente ama
Simplesmente ama!


OBS: Só estou exercendo meu direito constitucional de expressão. Não quero ofender ninguém. Considerem isso uma crítica, um review, sei lá... ninguém precisa concordar comigo! É como diz Voltaire: "Não concordo com uma só palavra do que dizes, mas defenderei até a morte o teu direito de dizê-las" Bom, se defendo o SEU direito, imagine o MEU! :)