"Como corpo, somos todos sempre individuais, mas como alma, nunca." (Hermann Hesse)
Tenho escrito sobre o amor... tenho escrito também sobre sermos mais do que um "pacote". Quer dizer... somos espíritos. O "potinho" que anda pra cima e pra baixo carregando nosso espírito não é a parte maaaais importante de quem somos - por mais importante que seja.
Acho que é por causa da nossa alma, da nossa capacidade de sentir a partir da alma, que as vezes tenho a nítida sensação de que nos relacionamos com as pessoas em diferentes níveis. E não estou falando só do amor romântico. Amor! Família, amigos, estranhos, humanidade... E não é só do Amor... também "desamor". Todos os sentimentos!!! Sentimos as coisas em "graus" diferentes de nosso ser... como se fôssemos uma cebola e usássemos nossas camadas (?) pra SENTIR. Com algumas pessoas usamos umas poucas camadas superficiais, outras nos provocam até o miolo! E tudo PARECE ser meio aleatório as vezes. Só que eu não acredito em aleatoriedade. Não senhor. Não messssshmo!
Por falar em alma... Tem como falar em alma sem pensar em alma gêmea?
Uma vez me disseram que não temos uma alma gêmea. Temos várias. Depois me contaram que eram 7. Não lembro quem disse o quê.
Primeiro foi meio chato porque eu achava que alma gêmea era uma coisa muito romântica e queria saber se ia topar com a minha por aí. Torcia pra que sim, me dizia que tanto fazia (só pra me enganar... a velha história do "se eu não encontrar, tô nem aí!" Mas sempre foi meio como se tivesse bancando a auto-proteção-saudável[?]). É que eu acredito nisso de a VIDA e as existências e pensava: "E se minha alma gêmea não tiver nascido na mesma época que eu dessa vez? Aaaain... E se a gente desencontrar?!" Já pensou? Tragédia!
Bom. Isso foi o que aconteceu nas minhas primeiras reflexões sobre o tema e já faz muito, muuuuuito tempo que não penso dessa forma.
Esbarrei há cerca de dez anos com um autor e psiquiatra americano chamado Brian Weiss. Não sei se foi concomitantemente que estudei o assunto em outras fontes (espiritualistas?), mas formei ali uma convicção: sim, temos nossas almas afins. Preferi chamar assim do que de "almas gêmeas" porque, de todo modo, almas - no plural - e gêmeas - tudo na mesma sentença ia contra meu romantismo inveterado.
Se são 7, 17, 77 ou 700? Não sei! Nem me impoooorto realmente. Quem poderia saber algo assim e estar aqui pelo planeta Terra passeando? Uma informação altamente privilegiada dessa deve ser coisa de cúpula. hahahahaha Será? Ou será que é banal e eu dou tanta importância porque sou brega? Ah! Sei lá! Neeeeeem! E, anyway, pra quê saber algo assim? Em que isso muda nossas vidas? Continuo achando que não iremos encontrá-las todas juntas, assss almasssss afinssss, estejamos, ou não, encarnados contemporaneamente a elas.
O Dr. Brian Weiss escreveu um livro - que não é sua obra mais famosa - intitulada "Só o amor é real" (Uuuuuuuuiiiiii!). Nele está narrada a história REAL de dois pacientes seus que não se conheciam e não tinham, aparentemente, nada em comum por mais de um quarto de século, mas que eram "almas gêmeas/afins" que tinham experimentado várias vivências juntos em diferentes perspectivas, desde marido e mulher a pai e filha. Daí porque ser alma afim não tem conotação de ter relacionamento amoroso-sensual, mas amoroso-incondicional... que é muito mais especial e válido.
O Dr. Weiss coloca ponderações muito interessantes sobre almas que se redescobrem. Eu, contudo, fico sempre ressabiada pensando até que ponto duas pessoas com afinidade são "afins", afiiiins, afins MESMO! Sabem Tipo... afinidade é menos do que afim?
É muito sério afirmar que alguém é uma das suas almas afins "perdidas". Uma coisa é alguém ter afinidade com a gente. Muuuuuita afinidade com a gente. Outra coisa é a pessoa ser... (agora eu ATÉ precisei parar pra pensar e procurar as palavras certas!) ... suficiente! Suficiente pra tudo e você, igualmente suficiente pra ela. Quando duas pessoas se bastam perfeitamente e, ainda assim, não sentem necessidade de receber qualquer prova disso... talvez, aí elas sejam almas afins. Quando um olhar é suficiente, um sorriso é suficiente, uma lágrima é suficiente, um instante é suficiente, um beijo é suficiente, um toque é suficiente, um grito é suficiente!
Mas, reparem: suficiência não pode ser confundida com dependência. Porque uma alma afim que seja gêmea sua nunca lhe deixaria indefeso diante do mundo ou de si, lhe permitindo ser inepto a viver sozinho.
É muito importante entender que não podemos nos TORNAR a alma gêmea de alguém, a alma afim de outra pessoa. Já NASCEMOS SENDO e MORREREMOS SENDO. Ou nunca fomos. Simples assim...
Brian Weiss fala que nem sempre o reconhecimento é imediato ou simultâneo. Isso é uma das coisas que me faz franzir a sobrancelha e pensar... "Afe... que Abba complicado!!! Por que? Esse papo de linhas tortas, é?"
Seja por estarmos em estágios distintos de evolução moral, por estarmos enfrentando turbulências num dado momentos de nossas vidas que turvam nossa percepção, seja por defesa inconsciente contra envolvimento emocional... nem sempre reconhecemos a "vibração" das nossas almas afins... Vejam bem! As vezes sentimos simpatia, empatia ou antipatia "gratuita", o que é muito diferente do BAaaaNNnnnG (!) de um reencontro espiritual de almas afins que acontece quando, de repente (não mais que de repente), a guarda baixa, ou "reconhecemos" (não se explicar de que forma, intuitivamente) um gesto familiar... o "invólucro", o pacotinho que abriga aquele espírito tão conhecido nosso é outro completamente diferente, mas aquela sensação é tão íntima, tão conhecida... e bléeein! Nunca mais seremos os mesmos.
Hoje, por acaso, e nada por acaso, é aniversário da minha mãe. As vezes me pergunto se ela não é uma alma afim minha. Acho que sim. Sinto que ao longo de muitas vivências temos voltado juntas, nos fortalecendo e apoiando mutuamente, sendo companheiras e amigas inseparáveis e incondicionais. Sinto que existe suficiência. Cada vez mais, enquanto amadurecemos, tenho esta convicção.
Outro mistério é o do casamento espiritual. O espiritismo, por exemplo, ensina que, embora não exista "a" alma gêmeas, mas sim "as" almas afins, algumas vezes a afinidade entre duas almas é tamanha - mas tão profunda - que elas reiteradamente reencarnam juntas e, se não podem por se encontrarem em momentos evolutivos ou diante de necessidades distintas, sempre que se encontram na espiritualidade retomam a união, como uma espécie de matrimônio entre espíritos, despido, evidentemente, de muitas das necessidades físicas, mas revestido de uma cumplicidade e um entendimento único e peculiar. que é ininteligível a quem quer que não o tenha experimentado. É como se dentre toas as as afins eles fosse as almas mais afins de todas. É bonitinho, né? E então eu pergunto: isso não é a alma gêmea, afinal de contas? Quer dizer que a relação com a alma gêmea é algo que construímos, como um aprimoramento do que já foi uma relação entre almas afins? Quer dizer que não teremos, necessariamente, uma alma gêmea? Depende de nós mesmos? Estão acompanhando isso? Esse desdobramento do raciocínio?
Por que cada vez mais me convenço que o romantismo não é uma coisa natural? Quer dizer... ele não está aí! Um, dois, três e pronto! Mas o romance... o amor sim! Só que precisa ser merecido. Conquistado. Isso parece anti-romântico. Mas não consigo negar que seja justo. Afinal, a oportunidade existe igualmente para todos, mas só aqueles que a valorizarem e cultivarem poderão vivenciá-la. Não é tãaaaao des-romantico assim, olhando desse ângulo... Não sei. Estou confusa ainda com todas essas recém-conclusões.
A afinidade (lato sensu) pode ser mais superficial e indicar um conhecimento "prévio", uma experiência de vida anterior, e não propriamente significar o encontro entre almas afins, claro. Normalmente dentre nossos familiares e amigos estão várias pessoas com as quais sentimos afinidade. ou mesmo grande afinidade A diferença, na minha opinião, está na insuficiência. Já falei sobre isso, lembram? Ser suficiente significa bastar, mas não querer, por causa disso, restringir o outro.
Ser suficiente significa tanta coisa! Ser suficiente, ser alma afim é não se melindrar em sentir o olhar do outro grudado no nosso rosto por ter a tranquilidade de saber que seja lá o que ele está enxergando, não lhe incomoda, não nos incomoda. É ser 101% você mesmo e saber que é exatamente isso que é esperado. Ser alma afim é receber e dar este mesmo tratamento "no automático", e não por obrigação moral.
As vezes eu até me pergunto se as pessoas que não são capazes de cultivar valores são capazes de cultivar almas afins. E isso me leva ao raciocínio lógico de que, ao contrário do que eu me perguntava quando comecei a escrever esse post, não temos um número definido de almas afins... vamos construindo nossa "network" de almas afins ao longo de nossa existência infinita enquanto almas, processo que se inicia desde que aprendemos a ter o mínimo de discernimento moral uns com os outros para que possamos nos enlaçar em elos espirituais que se tornarão inquebrantáveis com o tempo.
Vínculos! Almas afins! Algumas pessoas terão mais, outras menos, de acordo com o perfil. Alguns vínculos serão mais fortes, outros menos fortes. Mas que sejam fortes é pressuposto para que existam. Sem elos espirituais reais, concretos e sinceros não existe afinidade.
Vamos pensar sobre as seguintes frases... bem "a là" escolinha:
Pois bem, meus queridos alunos! (hahahahahaha Nuuuunca me imaginei dizendo isso!) Sabem como eu sou e como uma ideia vai levando a outra, né? Pois vou contar uma coisa!
Hoje estou de ótimo humor! Aniversário da minha mãe e tal...outras cositas mais... e então resolvo escrever no meu blog que estava tão abandonado, tadinho. Não era falta de vontade, era falta de condições. Mas aí eu abri este post em que tinha colocado umas frases soltas e pensei... vamos lá!
Só que nisso me deparei com uma coisa que me fisgou! Zapt! E agora? Eu queria escrever sobre as almas afins e tal... mas eu PRECISAVA escrever sobre a senhorita Rachel Beckwith. E agora, José?
Fui seguindo os fluxo das ideias e dos pensamentos... nem que eu tivesse que escrever dois posts! E daí, pensando sobre o amor... não o amor romântico, o amor humano... dei de cara com essas duas frases e pensei: Rachel! (Calma que eu tô chegando lá!)
É que eu acho que aprender a amar é um processo.
Assim... É muito do intuitivo, claro. E temos toda a nossa bagagem espiritual que deixa difícil precisar quando começamos ou em que estágio do aprendizado estamos... mas tenho observado que para algumas pessoas é mais simples amar um bando de gente do que uma gente só... e que compartilhar, se solidarizar, é um ótimo exercício "cardíaco".
É possível descobrir que, sem sabermos, nutrimos um amor muito especial, de alma mesmo, para com a humanidade. Percebemos isso quando somos capazes de nos unir em volta de um grande sentimento de empatia, numa mesma vibração, apesar de todas as diferenças e distâncias.
É muito sério afirmar que alguém é uma das suas almas afins "perdidas". Uma coisa é alguém ter afinidade com a gente. Muuuuuita afinidade com a gente. Outra coisa é a pessoa ser... (agora eu ATÉ precisei parar pra pensar e procurar as palavras certas!) ... suficiente! Suficiente pra tudo e você, igualmente suficiente pra ela. Quando duas pessoas se bastam perfeitamente e, ainda assim, não sentem necessidade de receber qualquer prova disso... talvez, aí elas sejam almas afins. Quando um olhar é suficiente, um sorriso é suficiente, uma lágrima é suficiente, um instante é suficiente, um beijo é suficiente, um toque é suficiente, um grito é suficiente!
Mas, reparem: suficiência não pode ser confundida com dependência. Porque uma alma afim que seja gêmea sua nunca lhe deixaria indefeso diante do mundo ou de si, lhe permitindo ser inepto a viver sozinho.
É muito importante entender que não podemos nos TORNAR a alma gêmea de alguém, a alma afim de outra pessoa. Já NASCEMOS SENDO e MORREREMOS SENDO. Ou nunca fomos. Simples assim...
Brian Weiss fala que nem sempre o reconhecimento é imediato ou simultâneo. Isso é uma das coisas que me faz franzir a sobrancelha e pensar... "Afe... que Abba complicado!!! Por que? Esse papo de linhas tortas, é?"
Seja por estarmos em estágios distintos de evolução moral, por estarmos enfrentando turbulências num dado momentos de nossas vidas que turvam nossa percepção, seja por defesa inconsciente contra envolvimento emocional... nem sempre reconhecemos a "vibração" das nossas almas afins... Vejam bem! As vezes sentimos simpatia, empatia ou antipatia "gratuita", o que é muito diferente do BAaaaNNnnnG (!) de um reencontro espiritual de almas afins que acontece quando, de repente (não mais que de repente), a guarda baixa, ou "reconhecemos" (não se explicar de que forma, intuitivamente) um gesto familiar... o "invólucro", o pacotinho que abriga aquele espírito tão conhecido nosso é outro completamente diferente, mas aquela sensação é tão íntima, tão conhecida... e bléeein! Nunca mais seremos os mesmos.
Hoje, por acaso, e nada por acaso, é aniversário da minha mãe. As vezes me pergunto se ela não é uma alma afim minha. Acho que sim. Sinto que ao longo de muitas vivências temos voltado juntas, nos fortalecendo e apoiando mutuamente, sendo companheiras e amigas inseparáveis e incondicionais. Sinto que existe suficiência. Cada vez mais, enquanto amadurecemos, tenho esta convicção.
Outro mistério é o do casamento espiritual. O espiritismo, por exemplo, ensina que, embora não exista "a" alma gêmeas, mas sim "as" almas afins, algumas vezes a afinidade entre duas almas é tamanha - mas tão profunda - que elas reiteradamente reencarnam juntas e, se não podem por se encontrarem em momentos evolutivos ou diante de necessidades distintas, sempre que se encontram na espiritualidade retomam a união, como uma espécie de matrimônio entre espíritos, despido, evidentemente, de muitas das necessidades físicas, mas revestido de uma cumplicidade e um entendimento único e peculiar. que é ininteligível a quem quer que não o tenha experimentado. É como se dentre toas as as afins eles fosse as almas mais afins de todas. É bonitinho, né? E então eu pergunto: isso não é a alma gêmea, afinal de contas? Quer dizer que a relação com a alma gêmea é algo que construímos, como um aprimoramento do que já foi uma relação entre almas afins? Quer dizer que não teremos, necessariamente, uma alma gêmea? Depende de nós mesmos? Estão acompanhando isso? Esse desdobramento do raciocínio?
Por que cada vez mais me convenço que o romantismo não é uma coisa natural? Quer dizer... ele não está aí! Um, dois, três e pronto! Mas o romance... o amor sim! Só que precisa ser merecido. Conquistado. Isso parece anti-romântico. Mas não consigo negar que seja justo. Afinal, a oportunidade existe igualmente para todos, mas só aqueles que a valorizarem e cultivarem poderão vivenciá-la. Não é tãaaaao des-romantico assim, olhando desse ângulo... Não sei. Estou confusa ainda com todas essas recém-conclusões.
A afinidade (lato sensu) pode ser mais superficial e indicar um conhecimento "prévio", uma experiência de vida anterior, e não propriamente significar o encontro entre almas afins, claro. Normalmente dentre nossos familiares e amigos estão várias pessoas com as quais sentimos afinidade. ou mesmo grande afinidade A diferença, na minha opinião, está na insuficiência. Já falei sobre isso, lembram? Ser suficiente significa bastar, mas não querer, por causa disso, restringir o outro.
Ser suficiente significa tanta coisa! Ser suficiente, ser alma afim é não se melindrar em sentir o olhar do outro grudado no nosso rosto por ter a tranquilidade de saber que seja lá o que ele está enxergando, não lhe incomoda, não nos incomoda. É ser 101% você mesmo e saber que é exatamente isso que é esperado. Ser alma afim é receber e dar este mesmo tratamento "no automático", e não por obrigação moral.
As vezes eu até me pergunto se as pessoas que não são capazes de cultivar valores são capazes de cultivar almas afins. E isso me leva ao raciocínio lógico de que, ao contrário do que eu me perguntava quando comecei a escrever esse post, não temos um número definido de almas afins... vamos construindo nossa "network" de almas afins ao longo de nossa existência infinita enquanto almas, processo que se inicia desde que aprendemos a ter o mínimo de discernimento moral uns com os outros para que possamos nos enlaçar em elos espirituais que se tornarão inquebrantáveis com o tempo.
Vínculos! Almas afins! Algumas pessoas terão mais, outras menos, de acordo com o perfil. Alguns vínculos serão mais fortes, outros menos fortes. Mas que sejam fortes é pressuposto para que existam. Sem elos espirituais reais, concretos e sinceros não existe afinidade.
Vamos pensar sobre as seguintes frases... bem "a là" escolinha:
"É mais fácil amar a humanidade como um todo do que amar o próximo." Erik Hoffer
"É possível dar sem amar, mas amar sem dar é impossível." Amy Carmichael
Pois bem, meus queridos alunos! (hahahahahaha Nuuuunca me imaginei dizendo isso!) Sabem como eu sou e como uma ideia vai levando a outra, né? Pois vou contar uma coisa!
Hoje estou de ótimo humor! Aniversário da minha mãe e tal...outras cositas mais... e então resolvo escrever no meu blog que estava tão abandonado, tadinho. Não era falta de vontade, era falta de condições. Mas aí eu abri este post em que tinha colocado umas frases soltas e pensei... vamos lá!
Só que nisso me deparei com uma coisa que me fisgou! Zapt! E agora? Eu queria escrever sobre as almas afins e tal... mas eu PRECISAVA escrever sobre a senhorita Rachel Beckwith. E agora, José?
Fui seguindo os fluxo das ideias e dos pensamentos... nem que eu tivesse que escrever dois posts! E daí, pensando sobre o amor... não o amor romântico, o amor humano... dei de cara com essas duas frases e pensei: Rachel! (Calma que eu tô chegando lá!)
É que eu acho que aprender a amar é um processo.
Assim... É muito do intuitivo, claro. E temos toda a nossa bagagem espiritual que deixa difícil precisar quando começamos ou em que estágio do aprendizado estamos... mas tenho observado que para algumas pessoas é mais simples amar um bando de gente do que uma gente só... e que compartilhar, se solidarizar, é um ótimo exercício "cardíaco".
É possível descobrir que, sem sabermos, nutrimos um amor muito especial, de alma mesmo, para com a humanidade. Percebemos isso quando somos capazes de nos unir em volta de um grande sentimento de empatia, numa mesma vibração, apesar de todas as diferenças e distâncias.
Rachel Beckwith
Rachel Beckwith era uma menininha de nove anos que morava em Seattle, nos Estados Unidos, e sofreu um acidente em algum dia da semana passada quando 13 carros se engavetaram. No último fim de semana, enquanto eu estava jogando baralho, ou chateada com uma briga boba com meu namorado, em algum momento enquanto alguém vivia normalmente sua vida alheio ao resto do mundo - o que é absolutamente normal - Rachel morreu.
Quantas tantas outras crianças, Marys, Julianas, Mikaels, Josés, Davids, Juans, Priscilas não morreram neste fim de semana? Em situações talvez até mais tristes deixando seus pais mortificados e desamparados? Pensar nisso hoje me dói especialmente porque é o aniversário da minha mãe, né? Vou dizer uma coisa chocante.
Um dia eu entendi que eu amava a minha mãe com um amor muito muito muito grande. Entendi também que ela me amava igualmente, mas de uma forma mais desprendida e mais altruísta do que eu sou capaz. Nesse dia eu cheguei a uma conclusão. Daí eu procurei minha mãe e disse pra ela assim: "Mãe, eu te amo tanto, mas tanto que tomei uma decisão (como se dependesse de mim!): quero que você morra primeiro que eu!" Ela ficou me olhando com a cara assim meio estatelada e eu vi que havia a necessidade que eu explicasse: "É que eu sei que a dor de me ver morrer ia ser insuportável pra você e eu te amo tanto que não quero que você passe nunca por isso. Sei que os pais não devem perder os filhos. Então eu não consigo imaginar o mundo sem você e sei que vou sofrer de uma jeito desesperador, mas é melhor eu sofrer do que você." Ela ficou me olhando, mas nunca discordou de mim. Normalmente a minha mãe não é do tipo que fala: "Vá lá minha filha, sofra." Ela prefere mil vezes sofrer do que me ver sofrendo. Mas dessa vez era um sofrimento que estava acima das forças dela. E nós duas sabíamos disso. Então ficamos caladas. Faz um bom tempo que isso aconteceu.
Eu nunca esqueci. Por isso lembro da minha mãe quando vejo uma mãe que perdeu seus filhos... embora não ache que nenhuma mãe ame o filho tanto quanto a minha me ama! Enfim! =)
Mas agora se trata de Rachel, que fez nove anos dia 12 de junho de 2001 e criou um blog ou algo assim junto à ONG charity:water e escreveu a seguinte mensagem:
Um dia eu entendi que eu amava a minha mãe com um amor muito muito muito grande. Entendi também que ela me amava igualmente, mas de uma forma mais desprendida e mais altruísta do que eu sou capaz. Nesse dia eu cheguei a uma conclusão. Daí eu procurei minha mãe e disse pra ela assim: "Mãe, eu te amo tanto, mas tanto que tomei uma decisão (como se dependesse de mim!): quero que você morra primeiro que eu!" Ela ficou me olhando com a cara assim meio estatelada e eu vi que havia a necessidade que eu explicasse: "É que eu sei que a dor de me ver morrer ia ser insuportável pra você e eu te amo tanto que não quero que você passe nunca por isso. Sei que os pais não devem perder os filhos. Então eu não consigo imaginar o mundo sem você e sei que vou sofrer de uma jeito desesperador, mas é melhor eu sofrer do que você." Ela ficou me olhando, mas nunca discordou de mim. Normalmente a minha mãe não é do tipo que fala: "Vá lá minha filha, sofra." Ela prefere mil vezes sofrer do que me ver sofrendo. Mas dessa vez era um sofrimento que estava acima das forças dela. E nós duas sabíamos disso. Então ficamos caladas. Faz um bom tempo que isso aconteceu.
Eu nunca esqueci. Por isso lembro da minha mãe quando vejo uma mãe que perdeu seus filhos... embora não ache que nenhuma mãe ame o filho tanto quanto a minha me ama! Enfim! =)
Mas agora se trata de Rachel, que fez nove anos dia 12 de junho de 2001 e criou um blog ou algo assim junto à ONG charity:water e escreveu a seguinte mensagem:
"No dia 12 de junho de 2011, vou fazer 9 anos. Descobri que milhões de pessoas não vivem até seu quinto aniversário. E por que? Porque elas não têm acesso à água limpa e segura.
Por isso estou celebrando meu aniversário de maneira diferente. Estou pedindo para todo mundo que eu conheço que doem à minha campanha em vez de me dar presentes no meu aniversário."
A meta inicial da campanha de Rachel foi superada em 500 vezes. Até a manhã de hoje, terça feira, dia 26/07/2011 e aniversário da minha mãe, 8.290 pessoas tinham sido beneficiadas graças à iniciativa de uma garotinha de nove anos que ganhou notoriedade não pela nobreza de seu gesto ou pela pureza de seu coração, mas por sua triste e inesperada morte.
O "destino" que Rachel teve foi capaz de despertar em milhares de pessoas o sentimento de empatia e amor abstrato, amor ao próximo, de "vontade de dar". E acontece que ela tinha deixado em vida os meios para isso. Para que este amor e essa vontade se manifestassem e fluíssem através de sua campanha.
Fiquei pensando... será que Abba deu a Rachel a missão de ajudar todas essas pessoas tão nova, aos 9 anos apenas... e ela cumpriu o plano Dele (ao qual não podemos entender, porque não conseguimos enxergar), indo pro céu pra junto dele... voltando pra "casa", pra a espiritualidade. Será que esse era o propósito de tudo isso?
Somos um bicho complicado, o bicho gente, mas não somos um bicho de má natureza. Temos aptidões maravilhosas e somos dotados de um espírito com capacidades que nem sequer conseguimos perscrutar.
Nos cabe, nesta jornada, aprimorarmos nossa moral, nossa consciência, nosso "coração", para criar vínculos puros e leais, elos duradouros e que signifiquem para nós simplesmente suficiência. Isso fará da travessia uma jornada, da jornada uma viagem, da viagem um passeio. O propósito não será um peso, mas um estímulo!
Quando se trata de inteligência, duas cabeças pensam melhor que uma, certo? Quando se trata de amor, de sentimento, duas almas podem mais que uma. A coisa sai do hipotético, do pensamento... e efetivamente acontece!!!
Não sei se existe um limite de almas afins. Todo mundo pode ter até "x". Não sei se com o tempo isso se torna irrelevante, quando já superamos as provas mais áridas e difíceis da nossa existência e passamos a ver e amar a todos os seres humanos, encarnados e desencarnados, igualmente (acho isso meio anti-romântico e anti-poético!). O que eu sei é muito pouco, mas se não tiro o máximo proveito possível do pouco que posso intuir ou entender... que espécie de babaca eu sou, né?
Essa babaca aqui, meus caros, é uma babaca esperta! Isso sim!!! Ou pelo menos esforçadinha! hehehe
Consigo hoje, constantemente, nutrir um terno e sincero amor pela humanidade, da qual, na maior parte do tempo, me sinto parte integrante! Grande avanço! hahahahahaha Sou capaz de dar e também de amar, sem receber e sem ser amada. Estou tentando aprender a ser amada - exercício particularmente difícil consistente em aceitar o amor que o outro tem a lhe oferecer e não o que você pediu ou espera receber. Ufa! É nó cego!!!
E as vezes acho que enxergo ali ou acolá um sutil glimpse do que pode vir a se revelar mais que uma afinidade. Um reencontro além do usual...
Nos cabe, nesta jornada, aprimorarmos nossa moral, nossa consciência, nosso "coração", para criar vínculos puros e leais, elos duradouros e que signifiquem para nós simplesmente suficiência. Isso fará da travessia uma jornada, da jornada uma viagem, da viagem um passeio. O propósito não será um peso, mas um estímulo!
Quando se trata de inteligência, duas cabeças pensam melhor que uma, certo? Quando se trata de amor, de sentimento, duas almas podem mais que uma. A coisa sai do hipotético, do pensamento... e efetivamente acontece!!!
Não sei se existe um limite de almas afins. Todo mundo pode ter até "x". Não sei se com o tempo isso se torna irrelevante, quando já superamos as provas mais áridas e difíceis da nossa existência e passamos a ver e amar a todos os seres humanos, encarnados e desencarnados, igualmente (acho isso meio anti-romântico e anti-poético!). O que eu sei é muito pouco, mas se não tiro o máximo proveito possível do pouco que posso intuir ou entender... que espécie de babaca eu sou, né?
Essa babaca aqui, meus caros, é uma babaca esperta! Isso sim!!! Ou pelo menos esforçadinha! hehehe
Consigo hoje, constantemente, nutrir um terno e sincero amor pela humanidade, da qual, na maior parte do tempo, me sinto parte integrante! Grande avanço! hahahahahaha Sou capaz de dar e também de amar, sem receber e sem ser amada. Estou tentando aprender a ser amada - exercício particularmente difícil consistente em aceitar o amor que o outro tem a lhe oferecer e não o que você pediu ou espera receber. Ufa! É nó cego!!!
E as vezes acho que enxergo ali ou acolá um sutil glimpse do que pode vir a se revelar mais que uma afinidade. Um reencontro além do usual...
... Um que seja "simplesmente" e surpreendentemente suficiente.
HOMENAGEM a Rachel Beckwith
Dedicado à AnMi =)