"O último dia do ano não é o último dia do tempo."
Carlos Drummond de Andrade
10, 9, 8, 7, 6, 5, 4, 3, 2, 1... Gravando!!!
That's it! O ano de 2012 está valendo e não é possível fazer cortes, remakes ou edições. Ou você faz direito, ou você faz médio, ou você faz merda... ou você não fez e ficou por isso mesmo.
Isso porque o tempo, segundo Sêneca, é a única coisa que não se pode devolver. E não pode mesmo. Ele não volta.
"Fiz um acordo de coexistência pacífica com o tempo: nem ele me persegue nem eu fujo dele, um dia a gente se encontra."
Mario Lago
"A vida toma muito tempo ao homem."
Stanislaw Jerzy Lec
Mas será que para que algo novo comece é necessário que "outro algo" termine?
Estamos no início de 2012. Ano novo. Em parte é começo, em parte é continuação, em parte é fim. Acho que muitas vezes nas nossas vidas nos deparamos com momentos como esse - de (re)começo-, mas a diferença é que, ao contrário do início de um ano, esses momentos costumam ser mais sutis, menos impregnados de reflexões, esperanças, medos e expectativas.
Tive vontade de escrever um post no final do ano passado, mas por um motivo aqui outro acolá, nunca conseguia parar tempo suficiente (sempre o tempo!!!). Cheguei a começar a elaborá-lo mentalmente, como acontece com muitos posts, mas não posso dizer como seria porque geralmente minhas oficinas mentais geram protótipos muuuuito diferentes dos que coloco em exposição na minha galeria virtual chamada "blog".
Pensei que seria como uma carta para o Papai Noel: "Querido Papai Noel, É o seguinte..."
Nem bem o ano virou e esta carta já possui um apelo muito diferente ao meu coração daquele que teria há um mês! Tipo... há um mês eu não diria ao Papai Noel que precisava de uma injeção que fizesse a pessoa enxergar o mal que ela é capaz de fazer ao outro que ela deveria era cuidar (o que faz mal a ela também, né?)... ou de uma máquina de fazer dinheiro, mas não ilimitado, só uma quantia "x" pra dar pra uma pessoa pra ela não ficar com raiva nem brigar com outra por dinheiro... acho isso o fim do fim do final da picada. Muito triste.
Mas eu não sabia que ia precisar dessas coisas há um mês. E mesmo que soubesse, cadê a carta?!
A carta que nunca escrevi! Só uma cláusula pétrea da carta permanece igualmente importante pra mim: preciso que seja descoberto um pomar cheio de árvores, muitas árvores mesmo... e que estas árvores estejam abarrotadas de frutos e que estes frutos sejam repletos de sementes e que estas sementes carreguem a cura para o câncer. Preciso que todo mundo tenha acesso a estas sementes e que todos possam plantá-las em todos os lugares... e tê-las em casa nem que seja sob a forma de bonsai.
"Querido Papai Noel, em tempo!"
É
ok pedir algo que vai me beneficiar muitíssimo, se eu não tiver conseguido ainda ser a melhor pessoa que poderia ser? Preciso manter junto de mim uma pessoa importante, e preciso não me sentir mal sabendo que além de mim, todas as
Dudas do mundo poderão manter junto de si pessoas importantes também. Sei que é muito egoísmo meu querer manter uma amizade especial junto de mim e, assim, evitar que ela vá encher de energia lá o céu... sei que é muito egoísmo não querer sentir remorso por ser beneficiada em detrimento de todo mundo... mas será que, considerando que existem muitas pessoas por aí que ficariam hiper mega felizes com essas sementes... não teria como quebrar meu galho? Será que é ser muito mala mencionar essas pessoas mais legais pra conseguir o meu presente de natal?
Aiii! Difícil demais ser uma pessoa boa boa boooa mesmo, né?
Então!
Bom! A gente tem que tentar. É o mínimo que podemos fazer.
Dizem que a vida é cíclica. Daí porque sempre estaríamos num processo contínuo de existência e aprendizado. Estamos vivendo o resultado das escolhas que fizemos e também das que deixamos de fazer. Estamos amadurecendo, cada um no seu ritmo, moral e intelectualmente. Estamos desbravando novos caminhos, ou perseverando nos caminhos em que nos encontrávamos, estamos andando em círculos, de lado ou até mesmo em marcha ré... Estamos seguindo, isto é, vindo "de" e indo "para".
A extensão desse ciclo? Ula-lá! Fica a critério da imaginação de cada um. A eternidade e a infinitude da alma humana são os possíveis "limites". Fica a dica...
Maaaas... contudo, entretanto, nada obstante... No decurso deste grande ciclo, desta grande jornada... muitas etapas se cumprem. É como o velho e batido jargão que fala que as vezes se perde a batalha, mas se vence a guerra (algo assim). Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa.
E, sim, as etapas podem - ou não - coincidir, por exemplo, com os anos. É como eu disse na frase que inaugurou o blog, né? De Carlos Drummond.
Então! Mas para algumas pessoas 2012 pode marcar o fim de uma etapa anterior e sinalizar o início de uma nova etapa. Por que não? E quantas etapas caberiam em um ano? Como mensurá-las? Quem ousaria limitá-las? Qual a relação entre o tempo e o viver? O tempo cronológico? Quanto de vida cabe em quanto de tempo?
Vejam bem. Pode-se viver um "nada" de coisas em um "mundo" de tempo... e igualmente pode-se viver um "mundo" de coisas em um "nada" de tempo. Depende! Tudo depende!!!!
"Não adianta correr, precisa sair em tempo."
Aesop
Ontem estava pensando que as vezes, não sei se se requer modéstia ou falta de modéstia para tanto, me sinto meio Forrest. Forrest Gump, sabem? Tom Hanks? Do filme?
Run Forrest! Run Forrest! Run Forrest! Run Forrest! Run Forrest, ruuuuuuuuun!
Run... "só mas um pouquinho!"
Nossa.
Esse pouquinho que mata!
Tive até a presunção de achar que a minha vida daria um filme muito do "assistível". Sim. Acho que daria.
Claro que seria muito mais legal se fosse o tipo de filme taxado como ação ou aventura ou até mesmo romance. Mas acho que não teria como escapar do drama.
Se tive uma vida emocionante?
É uma forma de se colocar... sem dúvida. Digamos que tive uma vida igual à de muita gente, mas acho que por trechos. Talvez isso aconteça muito e muitas pessoas tenham vidas que dariam filmes assistíveis... Só que foram muitos os trechos da minha vida - acredito eu, do alto da minha experiência de roteirista e diretora de cinema - que poderiam ser "scriptados", quer dizer... que seriam dignos de filmagem... sei lá! Tô viajando.
É que em tantas ocasiões aprendi coisas importantes ou vivi situações muito marcantes... ou cometi erros tremendos que acho importante que as pessoas vejam para que jamaaaaaaaaais repitam! Ou fui vítima de tais erros! Em tantas ocasiões banquei a boba... ou dei a mão para ajudar ao bobo. Ou tive que ser mais forte do que se acreditava que eu poderia (ou eu acreditava), ou achei que tinha que ser forte e não tinha coisa nenhuma... Mas foram momentos tão.. hum... dramáticos mesmo! kkkkkkk Enfim!!! É isso... Não sei se sofri mais do que DEVERIA, porque
"sentimental eu sou, eu sou demais... e sei que sou assim porque assim ela me faz"... apesar de que acho que quando era mais nova era bem durona... fruto da síndrome de
"provar pra todo mundo que eu não precisava provar nada pra ninguém".
É que eu fui tão precoce. Mas tanto... que só depois de adulta, lá pelos meus vinte e poucos anos, fui ser criança. Fiquei com isso mal resolvido, mal vivido. Na quinta série o que eu mais gostava de fazer era ler sobre reforma agrária. hahahahaaha
"Te meeeeeete!" Vê se tem cabimento uma coisa dessas? Pois é.
E falando em todas essas memórias, a Revista Super Interessante afirma que a vida é representada para nós como um conjunto delas (as memórias) já que o presente teria a duração científica de 3 segundos (Uuurrrraaaa!!!) e literalmente nós viveríamos de passado mesmo. É mole? Quem lembra que eu disse que é a maior besteira afirmar que
"quem vive de passado é museu" porque todo mundo vive de passado meeeeeermo? Estão vendo??? hahahahaha
Nã nã nã nã nãaaannn! Estou cientificamente endossada! =)
A diferença é que a Super Interessante demonstra o quanto que nós manipulamos nossas memórias (Aaannnhããããm!!! Eu acredito nisso! Tem gente que só pode manipular mesmo pra afirmar com tanta veemência tanto absurdo!) e que podemos optar entre manipulá-las para o nosso bem ou para o mal. Optar também a respeito das memórias que queremos armazenar e até mesmo contribuir para a formação destas.Trocando em miúdos, a gente lembra do que quer, como quer, ressalvado o fato de que alguns eventos são mais propícios a serem armazenados no nosso HD.
Mas aqui estou eu divagando e me afastando um tantinho do tema do post... ai ai ai.
Run Forrest, run Forrest, run Forrest, run Forrest, ruuuuuuun!
Em alguns momentos estamos em franca corrida, né? Super running Forests... Alguém até já gritou o último "ruuuuuuuuuuun"... o fôlego tá no fim (Fôlego? Que fôlego?). E aí eu tento focar em Shakespeare:
"E você aprende que realmente pode suportar... que realmente é forte, e que pode ir muito mais longe depois de pensar que não se pode mais."
Noooosssaaa!!! Que raiva que dá de Shakespeare nessa hora!!!!
"Mermão! Não posso suportar mais coisa nenhuma!!! Que saco!" Mas será? Será que não podemos? "Vou? Não vou? Vou? Não vou?"
E resolvemos correr só mais um pouquinho. Só até o próximo poste. Só mais 10 passos. Só outros 10. E quando nos damos conta... chegamos. E o infeliz do Shakespeare tinha razão. A disgrama! Mas a gente sabia, não sabia? Huuuum... saaaaaabia! Devia saber. Lá num fundo tão fundo que não dava nem pra ver, a gente sabiiiiiia.
Eapois!
Eu, pelo menos, entrei 2012 numa dúvida danada. Não sei se estou terminando ou se estou começando uma corrida. Ou será que as duas alternativas estão corretas? Afe! Duas corridas assim?! Canseira... Mas e o jeito?!
Me sinto tipo isso mesmo.
Embora sinta que estou saindo de uma corrida super difícil rumo à seguinte, tipo... a faixa de chegada da anterior é a largada da próxima (já pensou!?)... sei que não é bem beeem beeeem assim! Agora que - por sorte ou conveniência do destino - li a Super Interessante, descobri que isso ocorre porque meu cérebro registra só os eventos mais intensos, e o cansaço que me acomete nos últimos metros, sem sombras de dúvidas, são super intensos... e também a ansiedade que me tortura nos instantes pré maratona... afe.
Mas sei que tive meus
breaks em 2011. Meus momentos ótimos. Minhas conquistas e coisas excepcionalmente boas que me aconteceram.
De todo modo. Hoje, agora, neste momento de my life é por aí mesmo: 2011 foi um ano DAQUELES... e 2012 tá começando DAQUELE jeito. Aí já viu, né??? E não é "privilégio" meu não, hein? Olho para os lados - os DOIS lados - e vejo companheiros de vida e de maratona... suando a camisa... SUAAAAAAAANDO a camisa... língua de fora... olhos esbugalhados e no olhar deles vejo estampadas as mesmas perguntas que me repito constantemente:
Vai dar?! Eu dou conta?! E o mesmo medo inquietante de se descobrir - ou se ver descoberto - uma grandessíssima fraude... porque todo mundo DIZ que espera tanto deles e eles se acham capazes de tão menos. Ou será que secretamente as pessoas sabem que eles não aguentam e já se decepcionaram com o pouco que eles acreditam ter conquistado? Será? Será que tanto sacrifício não é mais para "conquistar" nem para "manter", mas para "recuperar"?

E ao mesmo tempo que leio seus pensamentos, que na verdade é como se fossem aqueles lasers de filmes que se cruzam e se cortam pelo ar... nós é que corremos por entre eles... eles é que nos rasgam o corpo e a mente. Enquanto isso acontece, olho em seus rostos e só o que vejo é a determinação que vence o cansaço. Determinação que vence cansaço. Morreeeeeeendo... mas lutando. E sigo junto! Porque nos motivamos uns aos outros com nosso desespero heróico, heróico desespero. Não somos maratonistas que competem entre si pelo primeiro lugar. Não se trata de ganhar ou perder: mas de ganhar ou ganhar. Não existe classificação, existe linha de chegada e pronto.
E chegamos a 2012.
Mas espere!
Mal atravessamos a linha de chegada ouvimos um estampido! Pow! E já foi dada a largada!
Um cara sentado numa cadeirinha de madeira e panos pretos gritou
"Silêncio no estúdio... GRAVANDO!" (eu sempre quis dizer isso). A claquete bateu e nem sequer havíamos parado por completo, seguimos.
Só se ouvia os corações batendo em ritmo de percussão.
O silêncio não era, ali, fruto de obediência, mas da ausência de palavras. Só a ausência de palavras é capaz de calar um homem. Tanto havia a ser dito que só restou o mutismo e as caras pasmas que corriam dando início ao ano de 2012.
E para o quê corremos?
Run Forest, run Forest, run Forest, run Forrest, ruuuuun!!!
De que corremos?
Por que corremos?
Em parte corremos em nome do processo de "dar continuidade". Aquela continuidade sobre a qual já falei. Não significa que não paremos nunca de correr e tenhamos um pouco de tempo para caminhar ou passear despreocupados... mas existem momentos e momentos. Enquanto estamos "aqui", em nossas missões de nos tornamos pessoas melhores, de servir ao próximo, sermos bons filhos de nossos pais (todos eles, TODOS...)... o tempo é intolerante e normalmente é preciso correr.
Muitas vezes, penso eu... corremos para fugir e para procurar... mesmo sabendo que são empreitadas insanas. Não se pode fugir de si mesmo e nem procurar longe de nós o que está dentro da gente. É nossa maior e mais constante contradição.
E corremos, muitos de nós, alguns não... nem sei, sendo honesta, se a maioria corre ou deixa quieto... porque queremos tentar. Queremos nos libertar. Queremos sair "dessa" melhores do que entramos. Queremos fazer uma diferença no mundo... Queremos que "os nossos" sintam orgulho de nós. Queremos chegar ao final do arco íris. Queremos acreditar que não é em vão. E precisamos provar nossa tese. Então corremos. Corremos até o fim, acreditando que haverá um fim. Ao menos o fim de uma grande etapa. Uma grande etapa que venha englobar todas estas etapinhas. E aí descansaremos sabendo que a guerra não terminou, mas a batalha está vencida. Talvez seja assim... Talvez venham as etapas, daí as batalhas... e um dia a guerra.
Guerra para que nos tornemos a melhor pessoa que podemos ser. Autoguerra.
Win-win ou
lose-lose situation. Depende só de se lutar.
É. Melhor se preparar... vestir armas e seguir.
Algumas coisas não dependem de nós.
Mas algumas coisas dependem!
Pelo menos não dependem de nós nós nóooos... eu ou você ou nossos vizinhos, colegas, familiares e amigos.
Meu pedido para Papai Noel, por exemplo.
Pode ser que alguém consiga (e não seja um duende no Polo Norte), ter uma ideia diferente com um resultado parecido. Quem sabe? Pode ser que aí... o que eu pedi dependa desse alguém. E então, será que eu não poderia dizer que a descoberta não seria como a linha de chegada para essa pessoa?
Run Forrest, run Forrest, run Forrest, run Forrest, ruuuuuun!!!!
Corremos.
Mantemos em mente nossas expectativas e esperanças. Sonhos e desejos. Tão secretos, algumas vezes tão, mas tãããão secretos, que escondemos até de nós mesmos. Fingimos que corremos por amor à pátria, sei lá!!! Mas estão lá. Imaginamos que um dia iremos nos deparar com uma linha de chegada diferente das anteriores. Imaginamos que iremos correr por pairagens mais verdes, mais azuis... Imaginamos que iremos beber águas mais saborosas e que matarão nossa sede por completo... Imaginamos que nos depararemos com tesouros perdidos, conhecimentos inesperados, pessoas inesquecíveis. Imaginamos que valerá a pena. Que as coisas ruins passarão... e as boas irão prevalecer. E que prevaleceremos nós.
Poeminho do Contra
(Mário Quitana)
Todos esses que aí estão
Atravancando meu caminho,
Eles passarão...
Eu passarinho!
(Prosa e Verso, 1978)
E começamos. E recomeçamos. De novo e novamente...
Não importa quantas vezes e não importa em que espaço(s) de tempo.
Dói. Confesso que dói. Ou pelo menos incomoda. Quando precisamos recomeçar de supetão. Reclamamos e nos sentimos injustiçados e acabrunhados. Sim...
As vezes achamos que a injustiça está em precisar nos recompormos em apenas 4, 6 ou 8
meses para começar tuuuuudo outra vez.
"Pouxa vida!!! Com Fulano e Beltrano está tudo de vento em polpa há tanto tempo! Não estou querendo que ninguém se estrepe! Só estou querendo eu parar de me estrepar! Me aquietar... Curtir uma estabilidade."
Outras vezes achamos que injustiça mesmo é depois de 4, 6 ou 8
anos ter que começarmos tuuuudo outra vez. Quando estávamos tão habituados!
"Pouxa vida! Não é justo alguém que se dedicou tanto a alguma coisa ter que recomeçar!" E sempre vai ter alguém há mais tempo que você que não passou pelo que você está passando... ou alguém que está a menos tempo que você... e que você acha que poderia passar por isso no seu lugar... Enfim!
Talvez nos falte confiança. Em Abba. Em nós. Talvez nos falte resignação. Talvez nos falte impulso mesmo... e então tudo muda e vira de ponta cabeça para que nos ponhamos a alçar novos vôos! Vai saber??? Etapas terminam. Etapas começam. E a vida? A vida continua.
Erguemos os olhos, silenciosos, correndo. Eu e meus colegas maratonistas. Respiramos pela boca, diminuímos os passos pois não sabemos o tamanho do percurso que nos aguarda e precisamos poupar energia.
Recuperados do susto com o disparo da largada a o grito do diretor que ecoou por meio do megafone, analisamos a pista de chão firme e rente à nossa frente e, desconfiados, olhamos para os lados.
Nos deparamos com um cenário novo. Novo como o ano novo. Novo como o desafio novo.
Por trás das nuvens que ainda deixam o dia nublado (o que é bom, porque nos protege do sol causticante) vislumbramos um azul que se anuncia. Observamos pessoas que torciam e torcem por nós, contentes com nossa chegada e esperançosas com nossa largada, sorrindo em encorajamento, algumas com os olhos marejados de emoção e afeto. Nos passam mais confiança do que desconfiança. Talvez não esperem nada de nós, ou tanto quanto pensamos ou esperamos nós mesmos. Talvez apenas esperem a nós... É um pensamento tão bom que temos dificuldade em mantê-lo.
É essa mania que temos de achar que "só" você não bastaria a ninguém. Que é preciso um "kit sucesso", "kit eu-venci-na-vida"... Sabemos que é bobagem, mas deliberadamente descartamos e negligenciamos a informação, nos confortando apenas secretamente com os corações acalentados, ainda que por um instante. Para que, em seguida, possamos sair em busca do Santo Graal perdido novamente.
Go figure!
O horizonte nada revela, tudo promete. Tudo é possível em 2012. Tudo! Há até um arco íris! Sim. Dá pra imaginar um duende e um pote de ouro ao final. Telepaticamente digo ao duende que melhor faria ajudando Papai Noel com meu presente... ainda tenho esperança. Huuum... peço a Abba também que ajude. Papai Noel e Papai do Céu S.A.!
Quanto ao pote de ouro. Bom... é só uma metáfora, não é? Claro que pode ser transferido para minha conta no BB... hahahahahaha Mas não é que existem coisas que o dinheiro não pode comprar?
Outro dia vi no facebook que dinheiro não traz felicidade, mas leva a gente pra sofrer em Paris. Nada mal... Só que eu não quero sofrer nem aqui nem na China e nem em Paris. Nan nan nin!
Até admito que o pacote seria
"master plus elite style" com um dinheirinho dentro, mas caixão não é baú.
Run Forrest, run Forrest, run Forrest, ruuuuuuun!!!
Run só mais um bucadim...
Cochilou, cachimbo cai!
Daqui a um tempo, irei olhar para trás e o cenário será outro. Já não poderei avistar 2011, o diretor, as pessoas, a linha de partida.
Com um sorriso nos lábios olho firme em direção ao horizonte e incerta do futuro, mas confiante em mim, no caminho que estou percorrendo e em Deus, dou passos decididos e constantes. Ao meu lado sinto a presença dos meus companheiros de maratona, cada um com sua obstinação, já com seus pensamentos guardados para si. Seguimos, tão juntos e tão separados, cada um rumo ao seu próprio objetivo.
E penso cá comigo: "Feliz Eduarda".
Feliz João, Feliz Maria, Feliz Isabel, Feliz Marina, Feliz Giovanna, Feliz Marden, Feliz César, Feliz Ana, Feliz Rafael, Feliz Beatriz, Feliz Bruno, Feliz Juliana, Feliz Cecília, Feliz Camila e Camilla, Feliz André, Feliz Andressa, Feliz Fábio, Feliz Hugo, Feliz Daiana, Feliz Marcela, Feliz Maíra, Feliz Marcelo, Feliz Rayana, Feliz Aline, Feliz Cinthya, Feliz Faberi, Feliz Fátima, Feliz Luana, Feliz Elza, Feliz Helen, Feliz Jair, Feliz Fabrício, Feliz Diogo, Feliz Mariana, Feliz Felipe, Feliz Helvio, Feliz Polyana, Feliz Liliane, Feliz Hudson, Feliz Jussara, Feliz Júlio, Feliz Francisco, Feliz Rosane, Feliz Tânia, Feliz Simone, Feliz Fernando, Feliz Rogério, Feliz Roberta, Feliz Daniela e Daniella, Feliz Mirian, Feliz Liana, Feliz Vanessa, Feliz Mayza, Feliz Rodrigo, Feliz Eduardo, Feliz Pedro, Feliz Lucas, Feliz Matheus, Feliz Isabela, Feliz Déborah, Feliz Maíra, Feliz Thiago, Feliz Catarina, Feliz Monique, Feliz Sabrina, Feliz Natália, Feliz Sofia, Feliz Cristiano, Feliz Philipe, Feliz Tereza, Feliz Gabriel, Feliz Cláudia, Feliz Gerson, Feliz Thaís, Feliz Priscila, Feliz Ricardo, Feliz Nádia, Feliz Daniel, Feliz Gustavo, Feliz Antônio, Feliz José, Feliz Luís, Feliz Alexandre, Feliz Rubens, Feliz Morgana, Feliz Luciana, Feliz Bruna, Feliz Fernanda, Feliz Amanda, Feliz Patrícia, Feliz Heber, Feliz Marcos, Feliz Paula, Feliz Valesca, Feliz Erik, Feliz Elisa, Feliz Rita, Feliz Valdete, Feliz Antônio, Feliz Bartolomeu, Feliz Carlos, Feliz Josefa, Feliz Sebastião, Feliz Jeferson, Feliz Reginaldo, Feliz Carla, Feliz Paulo, Feliz Bárbara, Feliz Armando, Feliz Madalena, Feliz Dueli, Feliz Flávia, Feliz Abigail, Feliz Grace, Feliz Carminha, Feliz Saulo, Feliz Renato, Feliz Virgínia, Feliz Andrew, Feliz Luíza, Feliz Felizardo =), Feliz Marilde, Feliz Silvana, Feliz Anderson, Feliz Reneide, Feliz Robson, Feliz Gabriela, Feliz Carolina, Feliz Marlize, Feliz Eliseu, Feliz Mônica ...
Que sejam sempre felizes, em 2012 e em qualquer oportunidade, qualquer momentinho... Que encontrem razões e motivos para estarem felizes, nem que seja por instantes e que estes instantes se multipliquem e sejam revividos em memórias felizes também.
Por mais sincero que seja o desejo, 2012 não vai se fazer e nem fazer ninguém feliz sozinho.
Run Forrest, run Forrest, run Forrest, run Forrest, ruuuun!!!
"E que não seja preciso mais do que uma simples alegria pra me fazer aquietar a o espírito"
Oswaldo Montenegro