Estive pensando muito esses dias sobre uma pessoa que vou conhecer, mas que de quem já conheço a história. O nome não interessa. O que aconteceu com ele é coisa de filme mesmo. Já vi até um filme assim bem famoso baseado num livro de Nicholas Sparks: Um amor para recordar.
Esse rapaz namorou algum tempo (não sei quanto), depois descobriu que a namorada - acho que já era noiva nessa época - estava com câncer, mas não sei de que tipo. - e então resolveram antecipar o casamento.
Ele tem 28 anos e há uns 10 dias atrás ela faleceu. Embora eu o tenha conhecido por pessoas que são ligadas a nós dois, mas que moram longe, nós moramos razoalvelmente próximos, temos uma crença religiosa em comum... e fazer novas amizades é sempre algo válido.
Além do mais, acho que vai ser relieving não ser tratado como o único sobrevivente de um tsunami.. não que eu não sinta muita dor e respeito pelo que ele passou... Mas as pessoas próximas tendem a ser superprotetoras.
E tem outra coisa. Eu tenho minha própria tese.
(É claaaaro que não vou jogar em cima dele de cara e diretamente porque ele iria me achar doida e insensível! Bom.. pelo menos eu acho... Grandes chances, hum?)
Mas é o seguinte:
Ele é um mega felizardo em muitos aspectos. Ahn hãããam...
Ele vai carregar esse amor consigo para sempre.
É assim.
Eu tenho essa idéia de que é melhor ser orfã de pai morto do que de pai vivo... entende? Tipo.. quantas vezes me senti orfã de pai vivo? E eu pensava.. se meu pai tivesse morrido, pelo menos eu saberia que ele não estava comigo, que ele não me daria atenção, não me ligaria no meu aniversário, não cuidaria de mim nas doenças e blábláblá porque ele não poderia, e não porque ele não queria... (Graças a Deus e meu painho agora estamos ótimos... mas foi difícil quando eu era mais nova.)
Bem.. no caso dessa viuvez precoce (apesar de eu ser romântica (juro!) e acreditar no amor duradouro) esse moço terá o privilégio de viver para SEMPRE na lembrança da ternura, do companheirismo, do amor presente e no sentimento relutante de se ver "teared apart"... no amor que jamais quis ou aceitou terminar... e que, de alguma forma, ainda existe dentro dele e existirá sempre.
É um enorme privilégio carregar no coração algo terno, puro e "cozy" assim!
Normalmente, mesmo nas relações que conseguem ser duradouras... há momentos de rixas, desentendimentos, dor e mágoa... e eles (esse casal) somente experimentaram união e saudades antecipadas (I guess).. Mas, no mundo de hoje.. a regra, infelizmente, é o quê? amores que vão. Que dizem adeus. Ou paixões que se consomem e somem.
Sabe aquele filme "capitão Corelli"? É com Nicolas Cage e Penelope Cruz... então! O pai dela no filme diz assim.. que "o amor é o resto da paixão".. a "sobra".. tipo.. a paixão vem e consome a pessoa, e você fica precisando do outro como se fosse ar, comida.. e se estão brigados aquilo consome você por dentro.. lhe enlouquece e você não consegue pensar nem fazer nada... seu mundo gira em torno do outro... é tudo que você consegue pensar. Isso é paixão, não é amor. E é como um fogo.. um fogaréu, uma fogueira... mas o fogo eventualmente se extingue.. e ficam as cinzas... e essas cinzas PODEM ser o amor... O amor é o resto da paixão SE, quando o fogo se extingue, você olha para a pessoa como ela realmente é pela primeira vez e você pensa: "Realmente, ele/ela está longe da perfeição e tem um mooooonte de defeitos que me enlouquecem e de manias que me estressam e que eu não tenho a mínima idéia de como vou conseguir lidar pelo resto da minha vida.. mas não consigo imaginar, anyway, um resto para a minha vida sem essa pessoa"... SE quando o fogo se esgota você pensa isso... então o que sobrou da paixão foi amor. Congratulations.
Tá! Coloquei o carro na frente dos bois! Mas é o seguinte: esse rapaz da minha história teve meio que o "privilégio" de jogar um "balde de água fria" na fogueira.. sei lá.. de certa forma.. não completamente.. claro... porque acho que devia haver certa paixão ainda... mas ele não precisou também tomar a decisão de encarar a verdade se sobrou ou não amor mesmo messssssssssmo... e de certa forma.. a ternura e o carinho e o companheirismo que uma situação dessas cria.. é uma forma de amor que transcende o amor homem-mulher... porque antes disso somos (a maioria de nós, ao menos) seres humanos.... E uma dificuldade como esta que esse casal viveu nos aproxima como tais, certo? Como seres humanos? Como gente! Então ele experimentou um amor até mais puro do que o que teria talvez vivivo com ela no final de tudo... mas é um amor que não teve também a oportunidade de acabar.. que viverá imaculado na memória dele... e isso é um baita "plus a mais".
Resumindo. Eu acho que o diferencial está o fato de que eles se amaram e foram companheiros até o final, e que o sofrimento agora é de saudade.. mas não há nada de ruim (como remorso, culpa, ciúme, mágoa) e no fundo ele sabe que foi melhor para ela, por mais que ele esteja sofrendo com sua partida... E é um tipo de privilégio não sofrer a experiência do "não deu certo"... porque não é só o sentimento que sai rasgado quando "não dá certo", mas a alma, o coração e a imagem daquela outra pessoa para a gente.
Claaaaaaaaaaro.. que se eu disser isso para ele agora ele vai dizer que eu sou doida e que troca toda essa pureza, leveza e poesia para estar com ela... o que aliás, qualquer pessoa faria. Claro que nada nesse mundo se compara a estar perto de quem se ama e que não existe palavra, consolo nem desculpa que possa amortizar isso. Que ele prefere mil vezes tentar e ver se vai "dar certo". E isto é o certo. É a escolha que qualquer pessoa faria. Porque a gente SEMPRE acha que vai dar certo, right? Eu pelo menos sou assim... Mas comigo... "comigo é diferente"
Ah... "Mas é a vontade de Deus"... Ahh... "Mas é porque as pessoas boas vão para junto de Deus antes"... tudo muito bem, tudo muito bom... quando são as pessoas boas que os OUTROS amam, né?
Quem entende? Quem aceita? Ninguém. Só Gandhi! E olha lá! Só Buda. Mas quando os corações se aquietam. Quando a cabeça pára de rodar. Não resta mais nada a fazer senão aceitar.
E é verdade. As melhores pessoas (pelo menos eu realmente acredito nisso) vão sim mais cedo para o céu. E não cai uma folha de uma árvore se não for a vontade de Deus. E certas doenças e fragilidades do nosso pobre envoltório corporal nos deixam tão debilitadas que seria egoísmo e não amor querer manter nossos doentes mais tempo sofrendo.
Na verdade, já parei para pensar sobre isso ...Yep! Guilt! Eu penso muito, né? Credo... Penso, penso, penso... se "penso, logo existo"... sou um exército dentro de mim! Mas voltando... Um dia estava pensando sobre a "perda" de entes queridos. Sabe que me dei conta de que não é pelos que vão que choramos? Não sei se isto é óbvio para todos. Mas eu realmente tive que parar e registrar a conclusão. Choramos pelos que ficam. Nos condoemos pelos que ficaram e simpatizamos com o sentimento de perda e a saudade que eles irão sentir daqueles que partiram.
Pelo menos eu sou assim. Tenho dó dos que estão aqui, que perderam alguém querido em seu convívio. Nunca fiquei triste por aquele que partiu, já que ele, para mim, na verdade, "voltou para casa", para a espiritualidade onde todos nós pertencemos e para onde todos voltaremos um dia.
Mas não vou mudar o foco! Tá vendo? Já tava viajaaaando!!!
Então!!! Tem coisa mais triste que o fim do amor? Né? Mesmo um amor fajutinho de adolescente? Até os Paralamas cantam: "lágrimas por ninguém, só porque é triste o fim... outro amor se apagou"...
O fim do amor é uma meleca. It sucks. O fim da paixão, quando a gente acha que ama (tá abafaaaaaaaaando que ama) é uma tortura! Afe maria!
O fim de um sentimento que nos conecta positivamente, ao menos na NOSSA opinião, (hahahaha) a alguém, é sempre difícil.
Separação é a coisa mais dura que eu já vivi. Me separei aos oito anos de idade quando meus pais tomaram essa decisão. Não recomendo. Apesar de que recomendo menos ainda viver junto sem querer ficar junto. Afe.
Então... tudo reforça minha tese de que, no final das contas, das muitas pessoas que estão sofrendo de dores emocionais neste instante, em todo o mundo, poucas têm o privilégio de estar sofrendo de uma saudade pura, bonita e sem rancores. Sem culpar um ao outro, sem culpar a si mesmo. Poucos são tão felizes que possam colocar a cabeça no travesseiro a noite, ao lembrar dos que amam e que "perderam" e pensar que, no fundo no fundo, "não é um adeus, mas um até logo", por mais clichê que possa soar.
Que alívio deve ser saber que na hora da despedida todas as palavras doces foram ditas, todos os gestos de amor foram devidamente tomados e registrados, todos os sorrisos estão "na parede da memória" (mesmo que essa lembrança seja o quadro que dói mais - agora).
Claro que o meu desejo para mim é outro. É aquele de comercial de margarina. - não vou ser hipócrita.
Quero uma família completa... com três filhos! Quero passar muitos natais e anos novos junto com eles, quero envelhecer junto do meu marido, ter netos, quero pelo menos uma foto com meu velhinho num daqueles banquinhos que balançam, sabe? Aqueles que costumam fazer bonequinhos de velhinhos para vender em feiras de artesanato? Quero viajar pelo mundo em 1 lua de mel por ano! Renovar os votos de fidelidade cada vez em uma igreja diferente numa cerimônia particular que iremos inventar juntos, eu e meu grande amor... quero ler para ele poesias de Vinícius de Moraes enquanto ELE lava a louça! hahahaha
Planos... sonhos... expectativas... perspectivas!
Mas no fim das contas o que acontece é isso:
Vivemos a vida. E não os planos que fazemos para ela.
Go figure.
Esse rapaz namorou algum tempo (não sei quanto), depois descobriu que a namorada - acho que já era noiva nessa época - estava com câncer, mas não sei de que tipo. - e então resolveram antecipar o casamento.
Ele tem 28 anos e há uns 10 dias atrás ela faleceu. Embora eu o tenha conhecido por pessoas que são ligadas a nós dois, mas que moram longe, nós moramos razoalvelmente próximos, temos uma crença religiosa em comum... e fazer novas amizades é sempre algo válido.
Além do mais, acho que vai ser relieving não ser tratado como o único sobrevivente de um tsunami.. não que eu não sinta muita dor e respeito pelo que ele passou... Mas as pessoas próximas tendem a ser superprotetoras.
E tem outra coisa. Eu tenho minha própria tese.
(É claaaaro que não vou jogar em cima dele de cara e diretamente porque ele iria me achar doida e insensível! Bom.. pelo menos eu acho... Grandes chances, hum?)
Mas é o seguinte:
Ele é um mega felizardo em muitos aspectos. Ahn hãããam...
Ele vai carregar esse amor consigo para sempre.
É assim.
Eu tenho essa idéia de que é melhor ser orfã de pai morto do que de pai vivo... entende? Tipo.. quantas vezes me senti orfã de pai vivo? E eu pensava.. se meu pai tivesse morrido, pelo menos eu saberia que ele não estava comigo, que ele não me daria atenção, não me ligaria no meu aniversário, não cuidaria de mim nas doenças e blábláblá porque ele não poderia, e não porque ele não queria... (Graças a Deus e meu painho agora estamos ótimos... mas foi difícil quando eu era mais nova.)
Bem.. no caso dessa viuvez precoce (apesar de eu ser romântica (juro!) e acreditar no amor duradouro) esse moço terá o privilégio de viver para SEMPRE na lembrança da ternura, do companheirismo, do amor presente e no sentimento relutante de se ver "teared apart"... no amor que jamais quis ou aceitou terminar... e que, de alguma forma, ainda existe dentro dele e existirá sempre.
É um enorme privilégio carregar no coração algo terno, puro e "cozy" assim!
Normalmente, mesmo nas relações que conseguem ser duradouras... há momentos de rixas, desentendimentos, dor e mágoa... e eles (esse casal) somente experimentaram união e saudades antecipadas (I guess).. Mas, no mundo de hoje.. a regra, infelizmente, é o quê? amores que vão. Que dizem adeus. Ou paixões que se consomem e somem.
Sabe aquele filme "capitão Corelli"? É com Nicolas Cage e Penelope Cruz... então! O pai dela no filme diz assim.. que "o amor é o resto da paixão".. a "sobra".. tipo.. a paixão vem e consome a pessoa, e você fica precisando do outro como se fosse ar, comida.. e se estão brigados aquilo consome você por dentro.. lhe enlouquece e você não consegue pensar nem fazer nada... seu mundo gira em torno do outro... é tudo que você consegue pensar. Isso é paixão, não é amor. E é como um fogo.. um fogaréu, uma fogueira... mas o fogo eventualmente se extingue.. e ficam as cinzas... e essas cinzas PODEM ser o amor... O amor é o resto da paixão SE, quando o fogo se extingue, você olha para a pessoa como ela realmente é pela primeira vez e você pensa: "Realmente, ele/ela está longe da perfeição e tem um mooooonte de defeitos que me enlouquecem e de manias que me estressam e que eu não tenho a mínima idéia de como vou conseguir lidar pelo resto da minha vida.. mas não consigo imaginar, anyway, um resto para a minha vida sem essa pessoa"... SE quando o fogo se esgota você pensa isso... então o que sobrou da paixão foi amor. Congratulations.
Tá! Coloquei o carro na frente dos bois! Mas é o seguinte: esse rapaz da minha história teve meio que o "privilégio" de jogar um "balde de água fria" na fogueira.. sei lá.. de certa forma.. não completamente.. claro... porque acho que devia haver certa paixão ainda... mas ele não precisou também tomar a decisão de encarar a verdade se sobrou ou não amor mesmo messssssssssmo... e de certa forma.. a ternura e o carinho e o companheirismo que uma situação dessas cria.. é uma forma de amor que transcende o amor homem-mulher... porque antes disso somos (a maioria de nós, ao menos) seres humanos.... E uma dificuldade como esta que esse casal viveu nos aproxima como tais, certo? Como seres humanos? Como gente! Então ele experimentou um amor até mais puro do que o que teria talvez vivivo com ela no final de tudo... mas é um amor que não teve também a oportunidade de acabar.. que viverá imaculado na memória dele... e isso é um baita "plus a mais".
Resumindo. Eu acho que o diferencial está o fato de que eles se amaram e foram companheiros até o final, e que o sofrimento agora é de saudade.. mas não há nada de ruim (como remorso, culpa, ciúme, mágoa) e no fundo ele sabe que foi melhor para ela, por mais que ele esteja sofrendo com sua partida... E é um tipo de privilégio não sofrer a experiência do "não deu certo"... porque não é só o sentimento que sai rasgado quando "não dá certo", mas a alma, o coração e a imagem daquela outra pessoa para a gente.
Claaaaaaaaaaro.. que se eu disser isso para ele agora ele vai dizer que eu sou doida e que troca toda essa pureza, leveza e poesia para estar com ela... o que aliás, qualquer pessoa faria. Claro que nada nesse mundo se compara a estar perto de quem se ama e que não existe palavra, consolo nem desculpa que possa amortizar isso. Que ele prefere mil vezes tentar e ver se vai "dar certo". E isto é o certo. É a escolha que qualquer pessoa faria. Porque a gente SEMPRE acha que vai dar certo, right? Eu pelo menos sou assim... Mas comigo... "comigo é diferente"
Ah... "Mas é a vontade de Deus"... Ahh... "Mas é porque as pessoas boas vão para junto de Deus antes"... tudo muito bem, tudo muito bom... quando são as pessoas boas que os OUTROS amam, né?
Quem entende? Quem aceita? Ninguém. Só Gandhi! E olha lá! Só Buda. Mas quando os corações se aquietam. Quando a cabeça pára de rodar. Não resta mais nada a fazer senão aceitar.
E é verdade. As melhores pessoas (pelo menos eu realmente acredito nisso) vão sim mais cedo para o céu. E não cai uma folha de uma árvore se não for a vontade de Deus. E certas doenças e fragilidades do nosso pobre envoltório corporal nos deixam tão debilitadas que seria egoísmo e não amor querer manter nossos doentes mais tempo sofrendo.
Na verdade, já parei para pensar sobre isso ...Yep! Guilt! Eu penso muito, né? Credo... Penso, penso, penso... se "penso, logo existo"... sou um exército dentro de mim! Mas voltando... Um dia estava pensando sobre a "perda" de entes queridos. Sabe que me dei conta de que não é pelos que vão que choramos? Não sei se isto é óbvio para todos. Mas eu realmente tive que parar e registrar a conclusão. Choramos pelos que ficam. Nos condoemos pelos que ficaram e simpatizamos com o sentimento de perda e a saudade que eles irão sentir daqueles que partiram.
Pelo menos eu sou assim. Tenho dó dos que estão aqui, que perderam alguém querido em seu convívio. Nunca fiquei triste por aquele que partiu, já que ele, para mim, na verdade, "voltou para casa", para a espiritualidade onde todos nós pertencemos e para onde todos voltaremos um dia.
Mas não vou mudar o foco! Tá vendo? Já tava viajaaaando!!!
Então!!! Tem coisa mais triste que o fim do amor? Né? Mesmo um amor fajutinho de adolescente? Até os Paralamas cantam: "lágrimas por ninguém, só porque é triste o fim... outro amor se apagou"...
O fim do amor é uma meleca. It sucks. O fim da paixão, quando a gente acha que ama (tá abafaaaaaaaaando que ama) é uma tortura! Afe maria!
O fim de um sentimento que nos conecta positivamente, ao menos na NOSSA opinião, (hahahaha) a alguém, é sempre difícil.
Separação é a coisa mais dura que eu já vivi. Me separei aos oito anos de idade quando meus pais tomaram essa decisão. Não recomendo. Apesar de que recomendo menos ainda viver junto sem querer ficar junto. Afe.
Então... tudo reforça minha tese de que, no final das contas, das muitas pessoas que estão sofrendo de dores emocionais neste instante, em todo o mundo, poucas têm o privilégio de estar sofrendo de uma saudade pura, bonita e sem rancores. Sem culpar um ao outro, sem culpar a si mesmo. Poucos são tão felizes que possam colocar a cabeça no travesseiro a noite, ao lembrar dos que amam e que "perderam" e pensar que, no fundo no fundo, "não é um adeus, mas um até logo", por mais clichê que possa soar.
Que alívio deve ser saber que na hora da despedida todas as palavras doces foram ditas, todos os gestos de amor foram devidamente tomados e registrados, todos os sorrisos estão "na parede da memória" (mesmo que essa lembrança seja o quadro que dói mais - agora).
Claro que o meu desejo para mim é outro. É aquele de comercial de margarina. - não vou ser hipócrita.
Quero uma família completa... com três filhos! Quero passar muitos natais e anos novos junto com eles, quero envelhecer junto do meu marido, ter netos, quero pelo menos uma foto com meu velhinho num daqueles banquinhos que balançam, sabe? Aqueles que costumam fazer bonequinhos de velhinhos para vender em feiras de artesanato? Quero viajar pelo mundo em 1 lua de mel por ano! Renovar os votos de fidelidade cada vez em uma igreja diferente numa cerimônia particular que iremos inventar juntos, eu e meu grande amor... quero ler para ele poesias de Vinícius de Moraes enquanto ELE lava a louça! hahahaha
Planos... sonhos... expectativas... perspectivas!
Mas no fim das contas o que acontece é isso:
Vivemos a vida. E não os planos que fazemos para ela.
Go figure.
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