sábado, 27 de novembro de 2010

A minha ou a sua algema?


Sei que não é o estilo do blog! Mas vou contar um estória muito engraçada. E a partir dela quero digredir um pouco... divagar! 
Que coisas esquisitas que somos os seres humanos!
Uma amiga minha terminou um namoro há seis meses atrás. Vou chamá-la aqui de Zefa. 
Pois bem! Zefa namorava Mané... (qualquer semelhança NÃO é mera coincidência).
Terminado o relacionamento, Mané não pareceu aceitar bem que Zefa resolveu tocar a vida sem ele. Fora o usual "não estava dando certo"... digamos que a família de Zefa não era muito fãaa do casal.. Mané era meio folgado mesmo. Aquele estilo que "chega chegando", deita no sofá e fala alto: Maaas é muita frescura sua mãe não me deixar dormir aqui! A gente namora há quatro anos! Ela pensa o quê? Que a filhinha é "virgi"?
Enfim... O rapaz podia ter sido mais sutil.. mais recatado.. mas agora já era!
Mané, se toca! O namoro acabou há seis meses e Zefa não lhe quer mais! 
Beleza? Beleza!
Hááá! Lêdo engano!
Pois está Zefa um belo dia saindo de uma aula de cursinho à noite quando liga o celular, que estava desligado, e vê vários "te ligou" de um número estranho.
Que era melhor não atender Mané, isso já estava óbvio... Sempre o mesmo papo: E aí, gata? Tá por onde? Vamos recordar e viver hoje? Que tal um vale a pena ver de novo?  
Pois não é que quando Zefa retorna as ligações atende Mané do outro lado da linha, uma barulheira danada e diz:
- Ô Zefa! Onde "cê" está? Eu tô aqui num barzinho em meio a uma discussão muito séria com meus amigos e preciso passar na sua casa agora. Quero pegar imediatamente todas as lingeries que lhe dei. Com outro macho você não usa!
- Mané! Pelo amor de Deus! Não acredito que você está me ligando pra isso, homem! Não vá na minha casa que não lhe abro a porta! Onde já se viu? Pegar de volta calcinha?
- E as algemas? Você acha justo? Eu acho muito injusto isso! Eu lhe dei e você vai usar com outro!? Vou passar pra buscar. Vai ficar tudo comigo. Ou você quer usar hoje, nós dois juntos, como nos bons tempos? (ele não PODIA perder a chance!)
- Olhe, Mané! Estou saindo de casa agora. Nem venha. E vou jogar tudo isso fora. Não vou usar nada, pronto!
- Aaaah não! A algema é minha. Não é justo. Como vou saber se você jogou mesmo? Eu quero.
- Então tá bom, Mané. Essa algema vai chegar até você. Mas não venha aqui. Isso é pretexto pra vir aqui? Deixo na sua casa. Agora tchau!
tu tu tu tu tu tu tu

pliiiiiiim pliiiiiiiiim pliiiiiiiim
- Diiiiiga, Mané...
- Ôoo Zefa... mas minha flor... você não vai me ver mesmo? Você entende que a algema não é justo? Que eu preciso dela de volta? De tudo, Zefa! De tudo.
- Mané.. mas tu é um mané mesmo! Pelo amor de Cristo! Tá vendo que eu não vou usar isso com ninguém! Pare de me perseguir, criatura! Vou lhe devolver as algemas e vou jogar fora as roupas íntimas. Não me ligue pra tratar desse assunto ridículo que a vontade que dá é dizer que não vou usar aquelas porcarias com homem nenhum não é nem por consideração, é por vergonha!
tu tu tu tu tu tu tu

PÁRAAA!
Pára tudo!
Vamos refletir sobre isso.
Que é uma história real. Realíssima.
Embora não tão engraçada... mas ainda assim bem cômica!
Mané, o rapaz é, tenha esse nome ou não.
Todo mundo acompanhou? Não. Não foi a louça inglesa. Não, não era a mesa da sala, nem o carro, nem a prataria. Era um par de algemas. Um par de algemas que, segundo me confidenciou a própria Zefa, era de "pelúcia de zebrinha". Zebrinha!

Primeira coisa que me chocou: imaginar minha amiga de algemas! hahahahahahahahaha Estranho, né? Gente! Mas é que vocês não conhecem a "Zefa"... Definitivamente eu acreditaria mais facilmente se ela me dissesse que usava uma burca! E não é por isso que "quem vê cara não vê coração? "Dá-lhe, Zefa!

Mas e isso das algemas? Qual a moral da história? 

Então...
O casal começa o namoro.. o relacionamento evolui... começam as intimidades... o tradicional fica tradicional demais... e surgem os "incrementos"... Até aí tudo bem.

Até aí não é exclusividade de ninguém... aconteceu com Zefa e com Mané.. pode acontecer com qualquer casalzinho.

Agora... O que devemos extrair da experiência de Zefa?
O casal tem que formalizar de quem é custódia legal dos brinquedos? Ou cada um tem os seus? "Amor... hoje a gente usa a minha ou a sua algema?"
Infelizmente ou felizmente... Bom. Há quem diga que o test drive (a grande maioria das pessoas, acredito eu, embora prefira permanecer neutra) diz que é fundamental experimentar... conhecer... variar antes de escolher o dito ou a dita cuja.
Outros sentem falta dos tempos antigos em que era tudo mais personalizado, digamos assim... 

Com esta troca de casais hoje em dia... 
Experimentação de parceiros... 
Vivências de relacionamentos diversos..
Isso de "acaba e começa namoro" (quando você é do tipo que namora) ou de "one night affair" (quando é uma pessoa moderníssima mesmo) termina criando a necessidade de se "pensar" sobre uma coisa maluca assim feito a "guarda legal da algema de zebrinha"!
Teve quem sugerisse pra Zefa: "corta no meio, dá pra ele um argola e fica com a outra!" hhahahahahahaha Tipo mitologia grega? Quem se importa realmente com a algema vai dar ela inteira pro outro!  Então tá! A Zefa vai entregar a algema pro Mané! Não sei se por amor. (à algema, claro!) ou se pra ele parar de encher o saco mesmo.
Pra evitar constrangimentos. Minha sugestão é... 
1. Evite os manés.
2. Tenha seus próprios brinquedos, se você é do tipo que precisa brincar, mas deixe pra usar com quem vale a pena!
3. Se virar motivo de briga ou de "encheção de saco", a não ser que seja encravado de cristais swarovski e tenha custado sua aposentadoria, dê essa porcaria e se livre do problema!
No mais... é pra rir e passar a diante a história da Zefa.

Quem nunca conheceu um mané, atire a primeira pedra...  ou algema!


Um comentário:

  1. Kkkkkkkkkk... olha, diz a Zefa que entrega logo a algema pro Mané(no sentido de imbecil mesmo)! Excelente texto.

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