Vinícius de Moraes, meu chapa, libriano como eu, poetinha e apaixonado por todas as suas 9 esposas - só que por cada uma de uma vez - e por nenhuma!.. Apaixonado pelo Amor. Meu amigo, Vina, companheiro de incontáveis horas, quantas vezes cantei e li junto com ele em meus pensamentos? Em minha aparente solidão... na sozinhez das minhas horas de sozinhice.
Vinícius escreveu "para uma menina com uma flor" e falou de Nounouse. Na mesma hora Teddy e Nounouse ficaram brothers. Ganhei Teddy aos 4 anos da minha madrinha em Recife, no estacionamento de um clube chamado Cabanga.
De todas as memórias que fiz questão de esquecer da infância que apenas sei que tive, esta ficou cravada.
Quando vim pra Brasília em 2009 Teddy ficou em Natal. Por pouco tempo. Pedi a mamãe que me enviou meu chapa uns meses depois. Ao longo de 23 anos de companheirismo, nem sei dizer quantas lágrimas enxuguei no que um dia foi pelúcia e hoje nem sei mais o que é! Já dancei forró, música lenta, valsa, e até coisa que nem sei com ele. Desabafei minhas primeiras amarguras de criança boba, de adolescente confusa e também as últimas, de adulta ainda boba e confusa.
Dormimos abraçados por tantas vezes que hoje nem consigo mais pensar em empurrá-lo da cama. Coisa que todo mundo faz com bichinho de pelúcia. Não sei mais se consigo enquadrar Teddy nessa classificação.
Já cantei "meu ursinho Pimpão" pra ele...
Me sinto absolutamente ridícula quando penso que ele me abraça de volta... Mas não me constranjo em assumir que eu, com certeza, o abraço até hoje.
Lembro de sua primeira roupinha, um camisolão e um chapéu de ponta. Por que será que as vezes é mais fácil nos apergarmos a lembranças que a pessoas?
Sempre me disseram que quando eu era pequena parecia uma velha. Talvez eu tenha crescido e me tornado uma criança.
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